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Doce, salgado, unha e chup chup para driblar desemprego

 

Maria Andria, de Jardim Limoeiro,ficou cinco anos procurando emprego e não encontrou, decidiu então, investir em manicure e cabeleireira a domicilio. Foto: Joatan Alves

 Gabriel Almeida

Com o desemprego que atinge cerca de 14 milhões de brasileiros, muitas pessoas estão despertando sua criatividade para conseguir pagar as contas e se manter. Na Serra não é diferente. É cada vez maior o número de autônomos que vendem comidas, chup-chups, sobremesas ou fazem unhas, cabelo dentre outras atividades.  

É o caso da Maria Andria, moradora de Jardim Limoeiro,que ficou cinco anos procurando emprego e não encontrou. “Fiquei desempregada há cinco anos e não conseguia emprego. Como preciso ajudar meu esposo no orçamento doméstico, passei então a fazer unhas em casa para algumas amigas”, disse.

Como os negócios estavam dando certo Maria quis se especializar na área e hoje atende vários bairros. “Fiz um curso de cabelereira e de unhas em gel para aumentar minha qualificação e assim passei a atender a domicílio.  Hoje atendo clientes em Morada de Laranjeiras, Valparaiso e Chácara Parreiral”, conta.

A moradora de Taquara II, Dária Soares, que hoje faz doces, bolos e salgados também ficou desempregada por um longo tempo e não conseguia nenhum emprego. “Fiquei um ano parada e espalhei currículos para diversas empresas até hoje ninguém me chamou”, explica.

Dária conta que a inspiração veio da mãe que a incentivou a fazer salgadinhos, tortas, empadas doces e outras delicias. “Como eu não tinha conseguido nenhuma oportunidade para trabalhar, minha mãe me deu a ideia de começar a fazer várias gostosuras e começar a vender em lojas e também por encomenda”, disse.

Além de bancar as despesas básicas, Dária ainda consegue pagar a sua faculdade. “Faço faculdade de Comércio Exterior e pago o curso com o dinheiro dos salgados e doces que vendo”, destaca.

Já a moradora de José de Anchieta, Jorgina Santos, apostou na fabricação e venda de chup-chup para conseguir pagar as contas. “Faço os chup-chups em casa e depois vendo na minha residência e na praia. O sabor que mais sai é o de côco”, detalha.   

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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