Dois duplos homicídios chocaram a Serra no último sábado (07). Entre eles, um fato comum: a execução de pessoas que, segundo as comunidades de onde os crimes aconteceram, não eram ligadas ao tráfico de drogas. Um dos casos foi a execução de mãe e filha em Jardim Carapina após retornarem de uma festa.
O crime aconteceu às 6h e 30. Julia Aparecida Martins, de 51 anos, e sua filha Juliana Martins Neves, de 29, foram mortas próximo ao ponto final do bairro. Moradores do bairro disseram que nenhuma das duas tinha relação com o tráfico e eram pessoas tranquilas. E que a violência pode ter partido de traficantes que não gostaram da ida da dupla a uma festa que ficaria numa área supostamente dominada por grupos rivais.
Segundo caso foi em Praia de Carapebus. Após rebaixar seu veículo, Geórgio Rodrigues, 34 anos foi testar a mudança e ficou ‘encalhado’ num quebra-molas na rua Assembleia. Ele chamou amigos que foram ao local para tentar rebocar o carro.
Em seguida um outro carro se aproximou e um homem que estava nele teria perguntado à vítima quem era e o que fazia ali naquela hora. O rapaz deu sua explicação, mas mesmo assim foi alvejado por 07 tiros.
Ao ver o tio baleado, o seu sobrinho Wanderluz Nascimento 30 anos tentou socorrê-lo levou dois tiros, também morrendo no local. Os crimes aconteceram por volta da 01h do sábado. Como no caso de Jardim Carapina, os moradores de Praia de Carapebus disseram que as vítimas também não tinham ligação com o tráfico de drogas.
Da mesma forma que apontam traficantes da região como os autores dos homicídios.
Investigações
Através da assessoria de imprensa, a Polícia Civil informou que o assassinato de mãe e filha em Jardim Carapina está sob investigação na Delegacia Especializada de Homicídio Contra a Mulher, sob responsabilidade do delegado Adroaldo Lopes. O delegado não irá divulgar mais detalhes do caso para não atrapalhar o andamento das investigações.
Já no caso de Praia de Carapebus as investigações estão sendo tocadas pela Delegacia de Crimes Contra a Vida da Serra, sob a batuta do delegado Marcus Vinícius, que só irá se pronunciar ao término das investigações.