A dor lombar é a segunda maior causa de visita de pacientes aos médicos, só perdendo para a dor de cabeça. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o problema atinge mais de 80% da população mundial e os que sofrem com o problema apresentam cansaço, desânimo e até mesmo depressão.
Isso sem falar nos prejuízos financeiros de empresas privadas e órgãos públicos por conta dos períodos de afastamentos.
No inverno, é comum que as dores se intensifiquem. O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e médico cooperado da Unimed Vitória, Bernardo Barcellos Terra, explica que com as mudanças climáticas é comum algumas pessoas queixarem-se de dores osteomusculares, principalmente nas articulações.
“A mudança no clima para o frio indica uma redução na pressão barométrica. Isso significa que a pressão contra o seu corpo cai também, suas articulações e áreas lesionadas podem começar a inchar ou doer. Este inchaço causas aumento da inflamação e exigimos que os hormônios aumentem sua atividade para lidar com essa situação. E outro fator que ocorre é que a dor no frio seja causada por tensão e contração muscular ao redor dos nervos e articulações, devido à vasoconstricção que a baixa temperatura causa”, explica o médico.
Razões – De acordo com o médico, as razões para os problemas na região lombar podem estar ligadas a vários fatores. Na grande maioria das vezes, a causa é em decorrência de problemas posturais e contraturas musculares. Nestes casos, uma reabilitação adequada e a correção de vícios posturais melhoram bastante. E há os casos mais raros, em que as dores lombares podem ser causadas por hérnias, infecções e até mesmo tumores.
Automedicação – O principal motivo que leva indivíduos a praticarem a automedicação é a obtenção do alívio imediato dos incômodos que os afligem. Assim, diante de sinais e sintomas clássicos, as pessoas preferem “encurtar o caminho”, buscando a farmácia mais próxima para realizar a automedicação. “O uso indiscriminado de medicações sem orientação especializada traz graves consequências à saúde da população”, alerta o ortopedista.
O médico afirma que principal problema da automedicação é que ele pode “mascarar” os sinais e sintomas da doença, afetando o diagnóstico. “Além disso, em casos raros, quando o uso de remédio sem orientação médica pode piorar o quadro apresentado pela paciente, tornando a doença mais grave”, conclui.
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