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“É consenso que não podemos aumentar nossos salários”

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Depois de um conturbado processo, Neidia foi eleita presidente da Câmara em 2015. Foto: Joatan Alves
Depois de um conturbado processo, Neidia foi eleita presidente da Câmara em 2015. Foto: Joatan Alves

Yuri Scardini

Esta semana em entrevista ao Tempo Novo, a presidente da Câmara da Serra, Neidia Maura (PSD) que está em seu terceiro mandato como vereadora, fala sobre as principais ações à frente da Casa de Leis, além das eleições marcadas para outubro deste ano:

 Quais ações e projetos a senhora destacaria neste um ano e meio à frente da Câmara da Serra?

Nossa meta é continuar economizando. Mas mesmo assim, conseguimos realizar boas ações. Informatizamos e modernizamos a Casa. Inauguramos um auditório com capacidade para mais de 130 pessoas. Reajustamos para R$ 590,00 o ticket dos servidores e daremos posse aos concursados nesta semana. No final do ano passado, devolvemos mais de R$ 2 milhões ao Executivo e este ano temos previsão de devolução novamente. É um trabalho que a Câmara nunca viu.

Muito se questiona sobre os benefícios dados a parlamentares, houve ações neste sentido?

Fizemos ações como devoluções de veículos oficiais, cortamos gasolina paga pela Casa, às passagens aéreas são totalmente controladas. Reduzimos para a próxima legislatura 69 cargos, entre eles dois cargos de assessores de cada vereador, que totalizará mais de meio milhão de economia em um ano.

Haverá reajuste salarial para os vereadores da Serra?

O que houve foram conversas informais, não tinha nada definido. Os vereadores da Serra têm que debater este assunto antes das eleições, é uma obrigatoriedade. Mas é consenso que não podemos aumentar nossos salários, para isso apresentei um projeto de lei que congela os salários para a próxima legislatura, é o certo a se fazer.

Seu nome foi ventilado como possível candidata a prefeitura da Serra, como estão seus planos para as eleições deste ano?

Estou muito feliz com meu partido, que me dá liberdade de ser candidata a majoritária na cidade, é uma vontade grande que eu tenho. Tenho três mandatos como vereadora, temos pontuado e estudado as possibilidades.

A polarização entre Audifax (Rede) e Vidigal (PDT) atrapalha os trabalhos da Câmara?

Não atrapalha. Eu tenho respeito aos dois, mas o poder executivo e legislativo podem caminhar de forma independente. O que não podemos aceitar é a forma do passado de chegar projetos aqui, era um desrespeito.

 Houve desrespeito na gestão anterior da Câmara?

Os projetos do Executivo chegavam às 18h, e era para ser votado com caráter de emergência. Era um desrespeito com a população da Serra. Hoje temos todas as comissões trabalhando de forma correta, cada projeto precisa de seus devidos pareceres, e o rito de hoje é ético e moral. Não há mais aquele desrespeito.

Como a senhora avalia a gestão destes quase quatro anos do prefeito Audifax?
Ele entrou numa administração com o mesmo proposito do passado, era uma nova legislatura e ele não entendeu isso. Fez vários investimentos em obras, e não pensou na crise, e na situação da cidade. E a partir dai, temos um cenário ruim, há reclamação por falta até de estagiário, falta de medicamento, então, ao invés de fazer uma grande obra, o gestor tem de cuidar de vidas, e cuidar da nossa gente.

Qual sua avaliação sobre o veto dado pelo prefeito ao projeto que prevê ocupação na região de turfas?
O veto vai ser deliberado. Hoje quando converso com os vereadores, percebe-se que o veto deve ser mantido. Esse projeto deveria ser muito mais debatido entre a população e os ambientalistas. Meu voto vai ser para manutenção do veto, e até semana que vem será apreciado.

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