Por Bruno Lyra
A resposta das gigantes multinacionais BHP Billiton e Vale ao desastre industrial da lama de rejeitos da extração de minério é inaceitável. Dizer que estão apoiando as ações da Samarco, joint venture entre as duas gigantes, é pouco. Até porque essas ações sequer têm garantido água em quantidade suficiente para as populações afetadas com a interrupção da captação no rio Doce. Quanto mais para a agropecuária e indústrias que dependem do rio e não tem perspectiva de quando poderão voltar a usá-lo, causando prejuízos econômicos e desemprego.
As ações para diminuir os estragos à fauna e flora também não surtiram qualquer efeito. O Doce sabe-se lá por quanto tempo, será um caldo químico e lamoso onde hoje se recolhem toneladas de peixes e crustáceos mortos. Mortandade que a cada hora atinge outros bichos que dependem da vida no rio e já chegou ao santuário das tartarugas na foz do Doce. E ameaça a pesca num dos pontos com maior variedade de vida oceânica do Atlântico Sul. Sem contar a aniquilação do turismo no litoral de Linhares.
A omissão da Vale e da BHP mereceu até uma reprimenda da Organização das Nações Unidas (ONU), que também cobrou o Governo Brasileiro, fazendo o país passar mais uma vergonha internacional. A ONU foi clara ao dizer que ao não adotar as medidas de prevenção e depois de emergência pós – desastre, as empresas e o Governo desrespeitaram os direitos humanos. E exortou os três a agirem imediatamente em prol das pessoas, fauna e flora afetadas.
Da falta de um sistema de aviso para evitar mortes em Mariana, passando pela inexistência de um plano para segurar a lama – 21 dias depois do rompimento ela segue descendo das barragens – à tentativa de conter o resíduo nas margens do rio em Regência com boias para contenção de óleo, são claros os exemplos do despreparo.
A nossa economia precisa do arranjo minero siderúrgico. Paralisar isso de uma vez só, como arrisca acontecer com a Samarco, é terrível. Mas esse arranjo precisa ser mais transparente e dar as contrapartidas proporcionalmente justas à sociedade. E não ficar enchendo os bolsos de políticos e partidos. É hora da Vale e BHP agirem.
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