Em reunião no gabinete do prefeito Audifax Barcelos (Rede) nesta semana, representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) disseram que o Contorno do Mestre Álvaro (mesmo sendo construído com dinheiro público) ficará sob responsabilidade da Eco-101, e usaram os termos contratuais para legitimar a afirmação. Oras, quando é para beneficiar a Eco, esse indecoroso contrato de concessão vale alguma coisa. Mas quando o assunto não é de interesse da empresa, o contrato pouco vale. Vide os pífios números de duplicação da rodovia. Estava prevista em contrato a duplicação de cerca de 200 km, mas a empresa não concluiu nem 10% desse número. Quando se trata da Eco, pau que dá em chico não dá em Francisco…
É brincadeira
Sobre a possibilidade de municipalização do atual trecho da BR-101 entre Serra Sede e Carapina, nas palavras do deputado estadual Vandinho Leite (PSDB), na tribuna da Assembleia Legislativa: “O Contorno vai ser construído com dinheiro público para a Eco faturar pedágio (…). E este atual trecho que liga Carapina e Serra Sede, vão fazer o quê? Municipalizar? Está de brincadeira! Vão deixar a batata quente com a Prefeitura e pegar o filé mignon”.
Esquenta para campanha
A cidade está cheia de outdoors com foto do deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) ao lado do ministro de infraestrutura, Tarcísio Gomes, tido como “queridinho” de Bolsonaro. O foco da publicidade é associar a obra do Contorno do Mestre Álvaro à imagem do ex-prefeito da Serra. Este é mais um, entre outros sinais, de que Vidigal de fato voltou a se animar para ser candidato em 2020.
Mais perto do povo
Após fechar o escritório em Laranjeiras, o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) deve migrar nos próximos dias para Jacaraípe, reduto eleitoral do deputado estadual Bruno Lamas (PSB). Uma fonte próxima ao pedetista diz que a movimentação é uma estratégia para ficar mais perto do povo, especialmente após Vidigal amargar uma derrota nas eleições municipais de 2016 naquela região.
Jogo de palavras I
Ainda sobre o ex-prefeito, recentemente ele esteve em reunião com o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Na ocasião, Vidigal disse, por meio das redes sociais, que o ministro teria “garantido” a ele que a diminuição dos repasses de recursos paras as instituições de educação “não se trata de cortes, mas sim de contingenciamento”.
Jogo de palavras II
Para além da terminologia, objetivamente, os institutos e universidades vão ter menos dinheiro para funcionar e, portanto, o TEMPO NOVO deu uma matéria com o título: “Vidigal ameniza os cortes anunciados por Bolsonaro no orçamento da Educação”, na qual foi publicado, na íntegra, o posicionamento do parlamentar explicitado por meio de suas redes sociais. Vidigal entrou em contato com a redação do jornal para esclarecer que não amenizou os cortes e que está muito preocupado com a saúde financeira das instituições de ensino e com o rebatimento que essa política pode ter na oferta e na qualidade do ensino no Brasil.
Abre o olho, governador!
O governador Renato Casagrande (PSB) está enfrentando um movimento de coalizão de 10 deputados que tem dado trabalho na Assembleia. Já é um número perigoso, pois os parlamentares têm votado em bloco, e como o presidente Erick Musso (PRB) não vota, Casagrande já está no limite dos 2/3. Aqui na Serra, a situação de Audifax é mais difícil. O prefeito tem uma base formada por 1/3 de vereadores. Mas vale lembrar que o chefe do Executivo municipal está no 7º ano consecutivo de mandato; já Casagrande tem só 5 meses de governo. Abre o olho, governador…