Mesmo sem iniciar a obra de duplicação da BR na Serra, que deveria ser entregue agora em maio, a ECO-101 pode assumir outra obra que também se arrasta como uma novela há anos: a finalização do Trevo de Cidade Pomar. Isso porque durante audiência na Câmara da Serra na última segunda-feira (10), o superintendente da empresa afirmou que em conversa com a ANTT, a ECO-101 poderá assumir as obras do trevo.
A reunião foi promovida pelo deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES) por meio da Comissão Externa de Fiscalização da Concessionária ECO-101 da Câmara dos Deputados.
“Estivemos em contato com a ANTT para expor as necessidades do contrato. Na oportunidade, afirmamos a agência que existe a possibilidade de a concessionária assumir a obra do Trevo de Cidade Pomar pela importância da obra”, afirmou o diretor superintendente da Concessionária ECO-101, Roberto Paulo Hanke.
Para Vidigal, a obra se arrasta por 15 anos e trará mais segurança para os moradores do bairro e para os cerca de 40 mil pessoas que trafegam por ali diariamente. “A obra do trevo do bairro Cidade Pomar é uma obra cujo projeto foi concebido em 2002 na nossa gestão. Porém, desde 2004 a obra que se tornou um impasse vem se arrastando. Se a ECO-101 assumir a obra, os moradores de toda a região serão beneficiados com mais segurança. Em média passam pelo local que hoje tem alto índice de acidentes e atropelamentos, 40 mil pessoas. Esse é um desejo antigo dos moradores de Cidade Pomar”.
O pedetista ainda fez críticas ao andamento da obra do Contorno do Mestre Álvaro, que mais uma vez passou para as mãos do governo federal. “Essa é uma obra que se arrasta há mais de 8 anos trazendo prejuízos à população, causando acidentes e mortes. É preciso ter respeito pelo povo serrano”, afirmou Vidigal.
Sobre o Contorno do Mestre Álvaro, o superintendente disse que no contrato da empresa não existe nenhum investimento para a obra, uma vez que a previsão era de que o Contorno estivesse pronto em 2013.
“Nosso contrato deixa claro que a rodovia passaria pelo contorno que já estaria finalizado, não por dentro da Serra. Em momento nenhum a obra do Mestre Álvaro foi pensada dentro da nossa concessão”, afirmou o superintendente.
Sobre os atrasos nas obras previstas pela Concessionária, o superintendente Roberto Paulo Hanke disse que existem dificuldades em relação a desapropriações e licenciamentos.