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Editorial: em fim de mandato, Caldeira enlameou a imagem da Câmara e dos demais vereadores

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Rodrigo Caldeira é Presidente da Câmara. Crédito: Divulgação.

Rodrigo Caldeira é, na opinião editorial do Jornal TEMPO NOVO, o pior presidente da Câmara da Serra nestes 22 anos do século XXI. Ele é o responsável por posicionar a Casa de Leis de costas para a população da Serra, aprofundando os serranos na crise de representatividade que mergulhou o Brasil em total descrédito com a política.

Diferente dos demais ex-presidentes, que se afundaram sozinhos, Rodrigo parece querer levar para o buraco não só ele, bem como todos os vereadores da Câmara e a própria Câmara como instituição e poder constituído. Até chegar ao cúmulo de pautar medidas absurdas, Rodrigo percorreu um longo e duvidoso caminho que marcará sua trajetória política para sempre.

Rodrigo subiu a poder na Câmara da Serra em uma situação inusitada, mas na época não era ele o centro das atenções, e sim a ex-presidente Neidia Maura, que estava enfrentando acusações de corrupção. Em 2017, vendo que Neidia não iria se sustentar na função (o que de fato aconteceu, já que terminou afastada e condenada em 1ª instância à prisão), Rodrigo começou a se movimentar nos bastidores para criar um grupo e se eleger presidente.

Caldeira era remanesceste do grupo político do ex-prefeito Audifax Barcelos, filiado no mesmo partido, à época Rede Sustentabilidade. Porém tinha bom trânsito com a oposição daquela legislatura. Confluindo essas duas características, o nome dele emergiu como consenso entre os vereadores. E quando Neidia caiu, em julho daquele ano, rapidamente foi realizada uma eleição que o alçou pela primeira vez à Presidência.

O movimento não agradou politicamente o então prefeito Audifax Barcelos e daí começou uma relação truncada entre os dois. No vai e vem judicial daquele ano, Neidia voltou a presidir a Câmara semanas depois, porém, foi afastada novamente em 2018, dessa vez em definitivo. Mas a guerra entre Caldeira – agora totalmente incorporado à oposição – e Audifax já estava montada. Até aí normal, é da democracia um estado de conflito de ideias que empurre uns e outros para lados diferentes. Na entanto, mal sabia a Serra que ali começaria uma crise institucional gravíssima e inédita.

A ano de 2018 transcorreu com Rodrigo no poder da Câmara a partir da metade do ano, tendo um relacionamento difícil com o Executivo. Porém foi em 2019 que o caldo entornou. Aquele ano começou com um movimento atípico de vereadores abrindo frentes de investigação desproporcionais utilizando estudos não conclusos do Tribunal de Contas. Chamadas Comissões Processantes, essa ferramenta é utilizada para impeachmar prefeitos pelo Brasil afora. Obviamente que investigação é bem-vinda, mas a virulência pela qual a coisa aconteceu saltou os olhos dos expectadores.

Além disso, as pautas fundamentais de autoria da Prefeitura da Serra passaram a não andar na tramitação da Câmara. Para se ter ideia, passaram a segurar projeto que previa contratação de médicos na Serra. No dia 04 de abril de 2019, Audifax decidiu quebrar o silêncio e convocou uma coletiva de imprensa realizada no Hotel Íbis. Lá, ele acusou Caldeia de ser chefe do crime organizado na Serra e disse que ele teria tentando interferir na licitação bilionária do serviço de coleta e descarte de lixo na Serra, e que esse seria real motivo da crise instalada. Caldeira por sua vez negou e ficou no ‘disse me disse’.

Os meses subsequentes foram de muito conflito e instabilidade política e jurídica, até que líderes da oposição negociaram uma trégua com Audifax em nome da eleição que se avizinhava em 2020. E ficou por isso mesmo, meses de guerra política, punindo a população e o contribuinte para no fim, terminar como começou: de forma vexatória. O pleito de 2020 chegou, Caldeira ganhou para vereador de novo; e articulou sua reeleição à Presidência, venceu e se perpetuou. Mandou e desmandou na Câmara, assim como um rei em seu castelo de areia.

Mas como a vida cobra, Caldeira foi vítima da própria armadilha que montou contra Neidia lá trás. Em 2022, um grupo de vereadores articulados por um ex-apoiador interno montou um cenário para rifá-lo da Presidência. Rodrigo reclamou, se vitimou, acusou golpe (como se ele não tivesse feito o mesmo). Mas não deu… perdeu a disputa interna e agora precisa deixar a Presidência para voltar a ser um vereador convencional. Mas antes disso ainda mostrou quem é ao censurar o Jornal Tempo Novo, na figura de seus dois proprietários, Yuri Scardini e Eci Scardini de adentrarem nas dependências internas da Câmara para trabalhar. Fato este nunca ocorrido em 38 anos de exercício jornalístico do Tempo Novo na Serra. Fruto da atitude ditatorial, ganhou um parecer assinado pela OAB da Serra que atesta a censura e um inquérito no Ministério Público por violação de direitos.

Agora, ao fim de seu obscuro mandato à frente da Câmara, convenceu seus pares a ficarem enlameados junto a ele. Foram pautados projetos dos quais em nada a população tem interesse, tais como: reajuste de vereador, 13º salário, aumento no número de vagas de vereadores, tique-alimentação, entre outros. A sensação que dá é que Rodrigo quis passar a boiada. Os vereadores, num primeiro momento, acharam que Rodrigo fosse um corajoso presidente que luta em benefício dos seus pares. Agora, diante da repercussão, alguns já caem na realidade que a intenção é levar todo mundo para o buraco.

Depois da crise institucional artificial criada por ele, dos desmandos, da censura, restava terminar o mandado de presidente da forma mais vergonhosa possível: lesando irremediavelmente a imagem da Câmara e dos demais vereadores que caíram no conto do vigário. Rodrigo os convenceu que ser vereador é profissão, quando, na verdade, é uma função outorgada pelo povo, que se renova de quatro em quatro anos, de acordo com o trabalho executado por cada um. Ninguém é vereador, mas sim está como vereador, e daqui a pouco tempo serão outros.

Aos vereadores da Serra basta um aviso: se querem ter carreira política honrosa e longínqua precisam provar serem merecedores; e isso passa objetivamente por provar que são sensíveis às pautas que se mostram demandas verdadeiras do povo – os verdadeiros concedentes do mandato. Quando foram eleitos, todos os 23 parlamentares sabiam dos direitos e dos deveres da função, se estão insatisfeitos, renunciem ao mandato e voltem para suas profissões de origem. Se querem crescer, galgar outras funções mais expressivas, sejam mais estratégicos do que ir na água de um presidente de fim de carreira.

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