Por conta de um empréstimo requerido pela EDP Espírito Santo, a conta de energia dos capixabas ficará mais cara a partir do próximo ano. A concessionária fez a solicitação de R$ 219,42 milhões junto ao programa Conta-Covid, que foi criado em maio deste ano para socorrer empresas do setor elétrico durante a pandemia causada pelo novo coronavírus. As definições sobre o reajuste nas tarifas mensais serão tomadas em agosto.
Apesar do empréstimo já ter sido feito este ano, os capixabas só devem começar a sentir os impactos da medida no bolso a partir de 2021. Ao TEMPO NOVO, a EDP afirmou que os valores da Conta-Covid serão diluídos nas contas dos consumidores durante cinco anos, ao invés de apenas 12 meses. Ainda em agosto deste ano, serão tomadas as definições da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) acerca do reajuste anual da EDP.
A afirmação da EDP vem de encontro com a regra do programa, que define que os custos dessa ajuda durante a pandemia serão pagos pelo próprio setor e consumidores a partir do próximo ano. A Annel ainda não consegue mensurar o tamanho do impacto do empréstimo nas contas de energia.
Por meio de nota, a EDP afirmou ainda que a adesão à Conta-Covid tem como objetivo aliviar os impactos da crise nas contas de luz pagas pelos consumidores, além de preservar a liquidez do setor de energia elétrica. Suas condições foram estabelecidas pela Aneel, órgão regulador do setor elétrico, em processo de contratação centralizada de recursos pela CCEE com diversos bancos públicos e privados, sob coordenação do BNDES.
Informou ainda que implementou várias medidas para minimizar os efeitos gerados pela pandemia na sociedade, mas mantendo o fornecimento de energia com elevados padrões de qualidade aos consumidores capixabas, em especial no fornecimento de energia aos serviços essenciais.
O programa Conta-Covid oferece empréstimos para as empresas do setor elétrico. Dessa forma, esse dinheiro antecipa ao setor os custos adicionais que seriam cobrados aos consumidores ainda este ano e dividido pelo período de 12 meses. Agora, com a adesão ao programa, os gastos serão diluídos em 65 meses.
Entre estes custos adicionais que seriam cobrados neste ano, estão o aumento de energia de Itaipu (que acompanha a variação do dólar), a remuneração de novas instalações de transmissão de energia e a cota da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
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