A Serra está sendo palco de uma iniciativa pioneira no Brasil: um curso de eletricista para pessoas trans. À frente da primeira Escola de Eletricistas para este público está a companhia de energia elétrica EDP e as aulas acontecem no Serviço Nacional da Indústria (SENAI) da Serra.
A aula inaugural foi realizada na última quarta-feira (07) e contou com a presença de Fernanda Pires, Vice-presidente de Pessoas e ESG da EDP no Brasil; Luiz Otávio Assis Henrique, Vice-presidente de Geração e Redes da EDP; Fernando Saliba, Diretor de Distribuição da EDP no Espírito Santo; Lilian Mota, Secretária de Direitos Humanos e Políticas Públicas para Mulheres da Prefeitura de Serra; e Cláudio Marcassa, Diretor Regional do Senai ES.
Com carga horária de aproximadamente 500 horas e cerca de três meses de duração, a Escola de Eletricistas é gratuita e tem como foco a qualificação e capacitação de pessoas trans como eletricistas de redes de distribuição de energia pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
O curso terá aulas teóricas e práticas a respeito dos princípios e leis que regem o funcionamento de sistemas elétricos. O intuito é promover o aprendizado sobre os procedimentos e técnicas necessárias para planejamento, execução, avaliação e inspeção das redes, bem como sobre manutenções preventivas e corretivas, dentro das normas técnicas e de segurança. Ao concluir a formação, os estudantes recebem certificado chancelado pelo SENAI e permanecem no banco de talentos da EDP, podendo participar de processos seletivos para vagas efetivas.
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Além da Serra, Guarulhos, em São Paulo, também recebe uma turma do projeto. Ao todo, 115 pessoas se candidataram às 32 vagas oferecidas nas duas cidades. Ao longo do curso, com duração de três meses, os participantes contarão com formação profissional completa, ministrada pelo SENAI, e possibilidade de contratação ao término da capacitação. Receberão também materiais didáticos, uniformes e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), além de bolsa-auxílio e almoço no local.
O programa é pioneiro no setor elétrico e reafirma o compromisso da EDP de direcionar pelo menos 50% de suas contratações a profissionais de grupos sub-representados, como mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiência, LGBTQIAP+ e 50+.
Além da capacitação técnica, a escola contempla um módulo voltado ao desenvolvimento de competências comportamentais, ministrado por Maite Schneider, cofundadora da plataforma de recrutamento TransEmpregos e consultora de Inclusão e Diversidade da Integra Diversidade.
A EDP também disponibilizará seu Programa de Assistência Social para os participantes do curso. Esta iniciativa oferece acolhimento humanizado por meio de um canal que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, com ligação gratuita e confidencial. O programa oferece suporte psicológico, previdenciário e jurídico e em assistência social.
“Fomentar a educação a partir de ações intencionais e propositivas é fundamental para gerarmos oportunidades às populações mais vulnerabilizadas. Ao promover uma jornada de desenvolvimento e capacitação profissional, a escola será um passo em direção à cidadania, empregabilidade e acolhimento da população trans”, afirma Fernanda Pires, vice-presidente de Pessoas e ESG da EDP no Brasil.
“É motivo de orgulho para a EDP promover o curso da primeira escola de eletricistas para pessoas trans. A formação é pioneira no País e está alinhada à meta de termos uma equipe cada vez mais diversa, que reflita a pluralidade da sociedade, de modo a nos aproximar cada vez dos nossos clientes, entendendo suas necessidades para prestar um serviço de excelência”, afirma Fernando Saliba, diretor da EDP no Espírito Santo.
A EDP tem trabalhado a diversidade em todas as suas áreas. Em 2018, a Empresa foi pioneira ao criar sua primeira Escola de Eletricistas afirmativa para Mulheres. Em dezembro de 2021, 28 mulheres foram formadas por turmas da Escola no Espírito Santo, sendo que 100% foram contratadas pela rede de empresas parceiras da EDP.
