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Eleição na cidade pode ser resolvida no primeiro turno

Audifax e Vidigal estão na frente nas pesquisas, e se indecisos não migrarem para candidaturas menores ou anularem o voto, a disputa acaba em 2 de outubro. Fotos: Arquivo TN

Conceição Nascimento

Enquanto pesquisas de intenção de voto realizadas na Serra apontam para a possibilidade de segundo turno, o meio político da Serra, mesmo discordando sobre quem será o vencedor, segue acreditando que o próximo prefeito que governará a cidade de 2017 a 2020, deve ser conhecido no próximo dia dois de outubro.

Entre os argumentos fortes é que é preciso levar em consideração o número de votos válidos, já que a legislação eleitoral estabelece como vencedor aquele que obtiver 50% mais um, do total validado nas urnas. Além disso, os candidatos Givaldo (PT), Gideão (PR) e Venturini (PPL) não somam mais do que 5% nas pesquisas de intenção de voto.

Para o sociólogo Leonardo Bis dos Santos, que é mestre em Políticas Sociais e doutor em História Social das Relações Políticas, com base nos dados divulgados na última pesquisa de intenção de voto realizada no município, não haverá segundo turno na Serra este ano.

“A legislação estabelece vencedor se um dos candidatos obtiver 50% mais um dos votos válidos, em municípios com mais de 200 mil eleitores. No caso da Serra, os dois principais candidatos estavam tecnicamente empatados, próximos à casa dos 40%, com leve vantagem para um deles. Mas os outros três candidatos não somavam 5%. Havia ainda cerca de 10% de eleitores que se declararam indecisos. A tendência é que estes últimos optem por um dos dois candidatos que estão na liderança, ou mesmo anulem seus votos, de modo a beneficiar matematicamente o candidato mais votado.

No cenário apresentado na última pesquisa, somente uma desidratação muito acentuada de Vidigal ou de Audifax, aliado a um crescimento significativo de Gideão e/ou de Givaldo, poderiam levar a um segundo turno na Serra”, avaliou.

A consultora de marketing político e empresarial, Jane Mary, explica que de forma geral o eleitor está completamente desinteressado sobre o processo eleitoral e pondera a situação inesperada na Serra.

“Há de se considerar os efeitos da comoção que a internação do prefeito Audifax Barcelos causou na cabeça e, principalmente, no coração do eleitor serrano. A dor aproxima as pessoas, promove a solidariedade e altera qualquer prognóstico eleitoral. O território serrano hoje é para estudo, observação atenta do fenômeno, qualquer palpite é arriscado”.

Gideão Svensson (PR), Nicodemos Venturini (PPL) e Givaldo Vieira (PT) apostam no voto dos eleitores indecisos. Fotos: Arquivo TNGideão Svensson (PR), Nicodemos Venturini (PPL) e Givaldo Vieira (PT) apostam no voto dos eleitores indecisos. Fotos: Arquivo TN
Gideão Svensson (PR), Nicodemos Venturini (PPL) e Givaldo Vieira (PT) apostam no voto dos eleitores indecisos. Fotos: Arquivo TN

Trio aposta na sedução de indecisos

Alheios aos resultados de pesquisas de intenção de votos, que dão conta da polarização entre os candidatos Audifax Barcelos (Rede) e Sérgio Vidigal (PDT), os três outros candidatos ao cargo de prefeito seguem com suas campanhas e apostam nos indecisos para forçar um segundo turno.
São três candidaturas, além de Vidigal e Audifax. Gideão Svensson (PR), Nicodemos Venturini (PPL) e Givaldo Vieira (PT).

Venturini (PPL), que está de volta à corrida eleitoral, após ver seu registro impugnado pela Justiça Eleitoral, aposta. “Vai ter segundo turno, estarei nesta disputa com quem vier. Não acredito que será decidido no primeiro turno”, argumentou.

Gideão Svensson e Givaldo Vieira seguem otimistas com a possibilidade de receber os votos dos indecisos e/ou insatisfeitos com o quadro atual.
Givaldo já adianta que “desconsidera essas pesquisas, pois este não é o sentimento das ruas. Há um número enorme de indecisos que querem a mudança. Continuo animado, em campanha, ouvindo toda a cidade e apresentando minhas propostas”, disse.

Gideão avalia que as pesquisas apontam o que ele vem pregando. “Sabemos que 35% da população da Serra está indecisa entre os dois candidatos (Vidigal e Audifax). Cremos que havendo segundo turno, nós estaremos neste com um dos dois. O percentual de 35% será destinado a essa nova oportunidade que o município espera. No meu caso, a tendência é crescer cada vez mais, e na abertura das ruas a Serra terá grande surpresa”.
O primeiro turno das eleições municipais está marcado para o dia dois de outubro.

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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