Ana Paula Bonelli
Teatro, dança, circo, música, cinema, exposições de artes e poesia. Tudo isso está inserido na programação mensal do Centro Cultural Eliziário Rangel, em São Diogo, que há pouco mais de um ano tem sido ponto de encontro de artistas, ativistas culturais e público admirador da arte na Serra.
Local do primeiro e até agora único teatro da Serra, o palco do Eliziário já recebeu mais de 200 artistas de diversos cantos do país. Mais de dois mil expectadores participaram dos eventos e oficinas realizados no local.
Foram 36 espetáculos teatrais, quatro exibições de vídeos, quatro edições do projeto Tablado Queimado, além de eventos fora do Centro Cultural, como praças e escolas municipais.
“Realizamos 104 atrações culturais neste primeiro ano de atividades e entendemos que o maior bem é a democratização de bens culturais para a população serrana e, para isso, temos como desafio o fomento de público e o cultivo de outros hábitos culturais num território árido de oferta de produtos culturais”, destaca Antônio Vitor, proprietário e idealizador do Centro Cultural.
O Eliziário – o nome é uma homenagem a um dos líderes da Insurreição do Queimado – e oferece oficinas de teatro gratuitas, além de outras atividades culturais também abertas ao público. Há eventos e oficinas que são cobradas, mas sempre com valor acessível.
O local possui diversos espaços como o Café Bar João da Viúva, Galeria Benedita Torreão, Beco Chico Prego, Arena 849, Área de Convivência, Caramanchão e Área de Leitura.
Além de Antônio Vitor, diretor, estão à frente do Centro Cultural: Tato Brasil, coordenador artístico; Fabrício Martins, curadoria da Galeria de Artes Benedita Torreão; Franco Auriemma, coordenador musical e Geruza Ferreira, administradora e elaboradora de projetos.
Um dos programas que acontecem no Centro Cultural é o #TeatroNoEliziário que visa promover apresentações de trabalhos de artistas capixabas e nacionais nas artes cênicas: teatro, dança, circo, performance.
Já o Núcleo de Pesquisas em Artes da Cena (NPAC) oferece um curso de teatro anual para atores e não atores, totalmente gratuito.
O projeto Cores no Branco abre oportunidade para trabalhos de artes plásticas e visuais.
Oficina, sarau e mostra de composições autorais
Outra concepção é o Tablado Queimado, espaço de encontros e de troca entre intelectuais, pensadores e artistas. Já o Cineclube Rosilda Moreira promove, mensalmente, mostras de filmes visando discutir os atravessamentos do que é ser mulher.
O mais novo projeto do Centro Cultural é o Paisagens Sonoras que estreará em breve. Neste, são previstas apresentações musicais de preferência de trabalhos autorais, a nível local e nacional.
Tem ainda o Eliziário no Território que visa difundir o acesso aos bens culturais a territórios que por vezes não podem acessar os espaços físicos dos equipamentos culturais.
E não acabou. Segundo Antônio, são promovidas ainda oficinas permanentes e de longa duração para dança, literatura, pintura e canto. Há também as oficinas livres de curta duração oferecidas por artistas residentes ou convidados participantes de um ou mais projetos do Centro Cultural, como o “#TeatroNoEliziário”, “Cores no Branco” ou “Paisagens Sonoras”.
O Eliziário promove ainda encontros como o BboyRevolution de hip hop e o Sarau do Beco, com muita poesia.Para todos os projetos o Centro Cultural divulga edital de chamamento convocando artistas para se inscreverem. Todo o material enviado é submetido e analisado pela curadoria.
Serviço:
Centro Cultural Eliziário Rangel
Rua Gonçalves Dias, 1201
São Diogo, Serra-ES
Telefone: 3065 2647 / 9 9830 8813
Funcionamento: Terça a domingo, de 14 às 21h.
