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Em constante decadência, telefone fixo cai em desuso pelos serranos

Cada vez mais brasileiros usam menos telefone fixo. (Foto: Divulgação)

Seja em casa ou no trabalho, o telefone fixo foi um meio de comunicação indispensável para milhões de brasileiros durante muitas décadas. E não pense que o tempo usado para o verbo é exagero. Dados mais recentes divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre o mercado de telecomunicações mostram que discar para alguém pelo telefone fixo está virando coisa do passado.

Nos últimos 12 meses, foram quase três milhões de linhas a menos no Brasil. Entre maio e abril deste ano, a redução foi de 506,37 mil. Em maio, eram 35,85 milhões de linhas de telefone fixo em todo o país. Em 2017, eram pouco mais de 40 milhões de acessos fixos.

Enquanto o tradicional telefone é cada vez mais raro nos lares brasileiros, o celular se tornou item obrigatório para o trabalho, o lazer e as relações sociais. Os números impressionam. Já são quase 230 milhões de linhas móveis em atividade no país, segundo números referentes ao mês de maio deste ano. Só em termos de comparação, o Brasil possuía em torno de 210 milhões de habitantes em 2018, conforme dados do IBGE.

Serranos usam cada vez menos o fixo

E não é tarefa difícil encontrar pessoas que descartaram de vez o velho telefone fixo ou que, simplesmente, ainda o mantêm ativo em casa por uma questão contratual com a operadora (as famosas “vendas casadas”) ou mesmo familiar. O fato, porém, é que ele está cada vez mais esquecido no canto da sala do brasileiro.

“Em casa, ainda usamos o telefone fixo por causa do meu pai, que ainda não está habituado ao celular. Fora isso, o uso é mais para receber ligações”, conta Nelson Aguiar, de Vista da Serra. Caso semelhante ao de Ranyelle Araújo, do bairro Santa Luzia. “Percebo que a maioria das pessoas que ainda usam o telefone fixo é de idosos. Exemplo da minha irmã, que está na faixa dos 60 anos”.

Homero Tavares Junior, de Valparaíso, e Weslley Vitor, de Carapina Grande, dizem que ainda mantêm o antigo telefone em casa devido às condições do pacote contratado junto às operadoras para que possam utilizar internet banda larga a um preço mais em conta. No entanto, o aparelho fixo já não faz mais parte do dia a dia deles.

E claro que o celular (ou smartphone) também é um dos principais motivos para uma gradual “extinção” da centenária invenção do escocês Alexander Graham Bell, ainda no século XIX.

“Parei de usar telefone fixo devido à praticidade dos aparelhos móveis e das redes sociais”, diz Daniela Santos da Silva, de José de Anchieta. Para Ilzete Silva, o celular deixou a comunicação mais rápida e barata. “Sempre tive telefone fixo em casa, há mais de 30 anos; porém, há dois anos cancelei a linha devido ao seu desuso”, relata a moradora de Barcelona.

O celular também substituiu, definitivamente, a linha fixa na casa de Dione Alves, de Valparaíso. Mas, para ela, outros meios de comunicação antigos também foram afetados pelo aparelho móvel. “Além de reduzir o número de telefones fixos e o uso de orelhões, o celular fez com que as cartas e as conversas pessoalmente sofressem redução”.

Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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