Está embargado pela Secretaria de Meio Ambiente da Serra o aterro de grande porte feito com resíduos do alto-forno da Arcelor Mittal Tubarão (Ex-CST) numa área alagada próxima ao Mestre Álvaro e ao Canal dos Escravos.
O aterro, de responsabilidade da imobiliária San Carlo, faz parte da expansão do polo industrial Piracema. Segundo o diretor de Fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), José Luiz Scaquette, a licença para loteamento no polo estava vencida.
“A San Carlo, a Arcelor e a Coopgranéis, que transportou o material da siderúrgica até o terreno, foram notificadas. A equipe da Semma está avaliando se vai ou não aplicar multas”, explicou.
Ainda segundo José Luiz, os técnicos do órgão também estão avaliando se o material usado no aterro é adequado para o local, uma vez que aquelas águas têm conexão com o rio Santa Maria e os manguezais da baía de Vitória.
“Por isto vamos notificar a Arcelor para que dê explicações detalhadas sobre este produto”, concluiu.
Outro lado
O diretor executivo da San Carlo, Erly Vieria, disse que o aterro tem 300 mil m2, e que tinha recebido orientações do ex-secretário de Meio Ambiente da Serra de que a licença que possuía era suficiente.
Mas, segundo Erly, a nova secretária entendeu que era necessária uma licença para cada lote. Então vamos acatar para que a obra possa continuar. Quanto ao material utilizado, disse que é escória de alto forno.
“Não oferece risco de contaminação e é adequado para aterro neste tipo de terreno. Dos 1,6 milhão de m2 do Piracema, 300 mil m2 são para área de preservação”.
A assessoria da Arcelor Mittal foi acionada, mas não deu posicionamento da empresa até o final da tarde de ontem (09)