Percebendo a dificuldade que alguns donos de animais possuem em transportar seus bichos de estimação para clínicas veterinárias, a empresária Fátima Lopes enxergou a oportunidade de criar um grande negócio. Pioneira neste ramo, a paulista criou a Rodocão – Transporte de Cães e Gatos.
Mais do que transporte desses animais, Fátima dedica seu tempo ao trabalho com eles. Ela não só transporta, mas também acompanha os bichos em suas consultas e procedimentos veterinários. A Rodocão transporta animais em quaisquer situações, inclusive em caso de mudanças de endereço.
“Eu devo muito aos animais, eles me ajudaram a superar um trauma em minha vida. Faço meu trabalho por amor e trato todos os clientes com muito carinho e respeito”, detalha Fátima que está no ramo há três anos.
O valor cobrado pelo serviço é de R$ 2,80 por quilômetro rodado e a Rodocão atua em toda a Grande Vitória. “Trabalho com agenda. Só cobro pela quilometragem, não cobro pelo tempo de espera. Levo o animal e aguardo o procedimento que será realizado. Se tiver que fazer algum pagamento, o proprietário me passa o valor que eu mesma o faço e entrego o recibo do serviço logo depois”.
Fátima é formada em Educação Humanitária e Bem Estar Animal e possui liberação do Conselho Regional de Medicina Veterinária para oferecer o serviço.
Quem quiser utilizar os trabalhos da Rodocão, basta ligar com antecedência para ser atendido. O telefone é o 9 9730-2635.
O transporte é realizado num veículo Parati que tem sua manutenção em dia e é regularmente dedetizado. “Mantenho o carro sempre limpinho para receber o próximo cliente de quatro patas. Se o dono do animal tiver tempo e quiser acompanhar na viagem, não é cobrado valor adicional, somente o da quilometragem mesmo”.
Para o futuro, a empreendedora Fátima Lopes pensa grande. Deseja aumentar a frota de carros e criar o serviço de Cãobulância. “A demanda é muito grande e quero conseguir ampliar este trabalho”.
Animais ajudaram a superar um trauma
Foi do trauma que surgiu o primeiro contato de Fátima com os animais. A empresária que teve um filho assassinato em frente a sua casa no bairro Barramares, em Vila Velha, viu sua vida virar do avesso e por
pouco não entrou em depressão.
Segundo Fátima, um amigo que possuía uma ong de animais, na época a Amaes (Associação dos Amigos do Animais do Espírito Santo) fez o convite para ela trabalhar como secretária na entidade.
Fátima relutou, mas aceitou. “Comecei a trabalhar voluntariamente e muitas vezes chegava em casa de madrugada, morrendo de medo, mas fui me acostumando. Daí veio a sugestão de eu adotar um cachorro e eu adotei”.
O cachorro em questão era o pitbull Alex. “Junto com ele veio o Cazuza. Eles me ajudaram e muito a superar o trauma da perda trágica do meu filho. Lidando com os trabalhos da ong, percebi a dificuldade de transporte de pets, principalmente com relação aos cães de grande porte, e decidi montar o negócio, que está dando certo. A aceitação é ótima. Amo meus clientes e os trato com muito carinho, pois significam muito para minha vida”.