Clarice Poltronieri
Depois da transferência de parte do Ministério Público da Sede para Jardim Limoeiro, empresários e ativistas prometem medidas mais duras para chamar a atenção do poder público sobre o esvaziamento da Serra-Sede. A mobilização está sendo feita pela recém-formada Associação Comercial e Empresarial da Serra-Sede (Acess), Câmara Dirigentes Lojistas (CDL) Núcleo Serra-Sede e movimento Serra-Sede Forte.
O presidente da Acess, Edson Quintino, disse que as lideranças dos movimentos vão se reunir na próxima terça (25) para definir os passos que serão tomados.
“Pretendemos entrar com uma petição no Conselho Nacional de Justiça, mostrando os gastos desnecessários. Devemos nos reunir na terça (25). A mudança afeta um terço da população serrana e não vemos nenhuma liderança política se posicionando contra essas medidas que têm causado o esvaziamento da Sede. Somos contra a transferência dos órgãos públicos, mas também queremos fortalecer a Sede com investimentos privados para nos desvincularmos dessa dependência. Toda a movimentação está sendo feita pela população civil, por isso vamos nos reunir primeiro para decidirmos nossas ações”, explica.
Além da transferência das Promotorias Cíveis do Ministério Público que aconteceu na última segunda (17), no início deste ano foram transferidas 18 varas do Fórum da Sede para um prédio alugado no bairro São Geraldo. Na Sede ficaram apenas as Varas Criminais do Fórum e a Promotoria Criminal do Ministério Público.
O proprietário de uma clínica médica na Sede, Walter Bezerra, contesta as transferências dos órgãos e propõe uma decisão mais dura. “Em vez de descentralizar os órgãos, cada vez mais centralizam. Não entendemos porque pagar um aluguel de R$ 14mil/mês por duas salas se aqui o imóvel era gratuito”, diz.