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Empresas da Serra que apostam nos mais velhos

 

O proprietário da Cetest, Haroldo Massa, que tem 66 anos, diz que os idosos são exemplo para os funcionários mais jovens. Foto: Joatan Alves

Ayanne Karoline

Foi se o tempo em que os cabelos brancos, a pele enrugada e o andar mais cansado era sinônimo de fim da vida profissional. Hoje, a experiência tem sido um importante critério para a contratação de mão de obra para boa parte das empresas e na Serra não é diferente.

Segundo o vice-presidente da Findes/Serra, José Carlos Zanotelli, boa parte das indústrias instaladas no município contratam profissionais com idade avançada. “Na maioria dos casos são pessoas que aposentam pela empresa e voltam como prestadoras de serviço. Geralmente vão para a área administrativa, que não demanda muito esforço físico. Em grandes plantas, como Arcelor e Vale, o funcionário volta como consultor”, lembra Zanotelli.

Antes das 7h o técnico de refrigeração Sadi Mourão já está de pé, pronto para trabalhar. Seu horário vai das 8h às 18h. Uma rotina normal, não fosse o fato de ele ter 73 anos. Primeiro funcionário da Cetest, empresa serrana de manutenção, ele decidiu continuar mesmo após aposentadoria. “Agradeço por estar trabalhando. Estou evoluindo minha mente e corpo”, destaca.

Na Cetest já é prática contratar pessoas mais velhas e até mesmo aposentadas, que desejam voltar ao mercado.  Atualmente, são quatro funcionários que possuem mais de 50 anos. Segundo o proprietário Haroldo Massa, o respeito social e a possibilidade de compartilhar experiência estão entre as vantagens do profissional com esse perfil.

“Se a pessoa tem o desejo de trabalhar, está em boas condições de saúde e capacitada, não há empecilho. Pelo contrário, esses senhores são transmissores de postura, comportamento e conhecimento aos mais jovens”, destaca Haroldo.

Mas nem sempre é tão fácil conseguir trabalho nesta idade.  O secretário de Trabalho, Emprego e Renda da Serra, Marco Antônio Lima Freira, explica que com a oferta alta de mão de obra as empresas ficam mais seletivas. “E a maioria dos profissionais mais velhos que estão cadastrados no Sine da Serra possui muita experiência, mas baixa formação”, revela.

Tags: idosos
Gabriel Almeida

Jornalista do Tempo Novo há mais de oito anos, Gabriel Almeida escreve para diversas editorias do jornal. Além disso, assina duas importantes colunas: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades; e o Pronto, Flagrei, que mostra o cotidiano da Serra através das lentes do morador.

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