Doença crônica caracterizada pela presença do tecido que reveste a cavidade uterina em outras partes do corpo, como ovário, ligamentos uterinos, bexiga e intestino, a endometriose atinge até 15% das mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos), sendo que 30% podem ficar estéreis, de acordo com a Associação Brasileira de Endometriose (SBE).
Criado para conscientizar a população, nesta quarta-feira (08) é celebrado o Dia Nacional da Luta Contra Endometriose. Segundo o ginecologista da Unimed Vitória Madalena Oliveira Bandeira de Mello, as causas ainda não são comprovadas, mas algumas condições podem favorecer o surgimento da doença: “Início precoce da menstruação, gravidez tardia, menor número de gestações e fatores genéticos. Fatores ambientais também são capazes de contribuir para o aparecimento da endometriose, como a combustão de poluentes”, aponta a especialista.
Os sintomas variam, mas, segundo a médica, em geral, a endometriose causa cólicas menstruais, dor ao evacuar no período menstrual, dores durante as relações sexuais e infertilidade. “Há mulheres que não apresentam nenhum sintoma e algumas descobrem a presença da doença apenas na gravidez. O tratamento depende do estágio, podendo ser com anticoncepcionais, medicamentos hormonais ou, dependendo do grau, cirurgia”, assinala Madalena.