Por Thiago Albuquerque
Para uma casa de família de classe média onde moram de quadro a seis pessoas, com intenso consumo de eletrônicos, incluindo ar condicionado, um investimento entre R$ 45 mil e R$ 50 mil em placas de energia solar pode zerar a conta de luz a partir do 4º ano após a instalação. É o que apontam especialistas na área que preveem uma explosão no mercado de sistema de captação de energia pela luz solar na Serra nos próximos anos, tendência que deve acontecer em todo o país.
Edson Vander é representante Bluesun Solar do Brasil, empresa de São Paulo que já tem clientes na Serra. “Começa tudo com um sistema personalizado, que vai atender de acordo com a quantidade de cada casa ou comércio, com isso pode variar o prazo do retorno, os orçamentos são feitos após um estudo dos últimos 12 meses de consumo da residência para calcular o necessário de placas. Fiz um orçamento que iria gerar 850 KW por mês com 24 placas, em um valor em torno de R$ 49 mil, mas há possibilidade de financiamento bancário e também desconto à vista”, detalha.
Segundo Edson com essa quantidade de energia daria para atender uma casa de quatro a seis moradores de classe média e que já a partir do 4º ano após a instalação é possível recuperar o investimento, já que o consumidor não vai precisar mais pagar a conta da Escelsa.
E de olho no crescimento desse mercado, dois serranod resolveram empreender. Pedro Henrique Coutinho e Renahn Pazini Marim, ambos de 25 anos, acabaram de fundar a Eletroarte. E o primeiro serviço deles foi a instalação da energia solar numa casa em Cachoeiro de Itapemirim.
“Tive oportunidade de participar de um curso de Aplicações de Sensores na Holanda, onde desenvolvi um projeto de medição de energia solar e me identifiquei, é a energia do futuro, pois é sustentável”, salienta Pedro.
“O preço alta da energia elétrica está fazendo a produção própria ser muito atrativa. “O custo do sistema varia de acordo com o lugar e também com fatores como posição e o tipo de telhado. Existem créditos específicos para financiamento de sistema solar no Banco do Brasil, Santander e Caixa Econômica”, enumera Renan.