A ampliação da faixa de areia, o chamado engordamento, vai começar por Manguinhos e Curva da Baleia na Serra. Mas o serviço, que será executado pela Prefeitura, só deve ser iniciado depois de junho.
Na última quarta-feira (10) foi publicado no Diário Oficial dos Municípios (DOM/ES) que a Prefeitura da Serra fara licitação na modalidade Tomada de Preços para contratar empresa executora do serviço. Os envelopes com a proposta das empresas interessadas serão abertos no próximo dia 30 de junho às 10h na Secretaria Municipal de Obras (Seob). Ganha quem oferecer o menor preço. Essa licitação só vale para o engordamento da Curva da Baleia.
Na publicação, ficou detalhado que a jazida será em áreas terrestres de Jacaraípe. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) havia dito que a praia próximo à Praça Encontro das Águas, por ter uma extensão de areia expressiva, será o ponto de extração do material a ser levado para Manguinhos e Curva da Baleia.
Os dois últimos vem sofrendo intensa erosão do mar. Principalmente Manguinhos, onde a força das ondas já acabou com uma rua e agora já danifica imóveis localizados entre o Recanto dos Profetas e o Vagão.
Em maio a Prefeitura havia informado que oito áreas em cinco praias devem receber o engordamento. São elas: Manguinhos e Jacaraípe (Curva da Baleia fica entre os dois); Costa Bela; Marbela e Nova Almeida. Ao todo, será recuperada uma área de, aproximadamente, 61,3 mil m2. A Prefeitura também prometeu recuperar a vegetação de restinga nos trechos.
Como nem todos eles estão contemplados na licitação aberta esta semana, devem acontecer novas licitações para a sequência do serviço. Além da foz do rio Jacaraípe, a areia da foz do rio Reis Magos em Nova Almeida também é apontada como jazida no projeto da Prefeitura.
Polêmicas
Ainda em 2019,quando foi apresentado pela prefeitura da Serra, o projeto de engordamento das praias foi alvo de críticas de ambientalistas e surfistas. Apesar de reconhecerem a necessidade de intervenções para conter o avanço do mar em locais onde erosão está intensa, argumentam que o engordamento pode gerar impactos ambientais negativos. Entenda.
Dizem também que o projeto apresentado pela Prefeitura não contem os estudos adequados. Já a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) nega que os estudos sejam incompletos e diz que o impacto do engordamento será positivo.