Mestre Álvaro

Entenda o complexo jogo eleitoral que se desenrola nos bastidores da Serra

As forças de dentro e de fora da Serra se mobilizam, o cenário é de muitas dúvidas, mas é possível traçar possibilidaades factíveis. Crédito: arte/fotos divulgação

A dualidade entre o atual prefeito, Sergio Vidigal (PDT), e o ex-prefeito, Audifax Barcelos (PP), sempre impôs uma quantidade expressiva de certezas antecipadas nas eleições da Serra. Em resumo, sabia-se que a disputa giraria em torno deles. As maiores indecisões ficavam restritas às candidaturas mais frágeis, que eram desacreditadas, aos arranjos partidários e às militâncias que percorriam as ruas, além daquele “puxa pra cá e puxa pra lá” de lideranças comunitárias, aliado ao contexto estadual influenciado principalmente pela decisão do governador em exercício de apoiar um em detrimento do outro.

Mas, dessa vez, após alguns anos desse formato binário de eleição, a situação vai ficando cada vez mais complexa e incerta à medida que novos grupos enxergam uma janela de oportunidades, baseada em certo desgaste do eleitor, somadas aos efeitos da polarização nacional e à diversificação dos interesses locais que pressionam pelo encerramento desse ciclo. Além disso, as mudanças impostas pelas novas tecnologias e a ultra comunicação em rede, um universo sujeito ao populismo digital que potencializa o engajamento e os “likes”, parecem ganhar eco em uma parcela expressiva de eleitores. Há outro elemento, pouco mencionado, porém importante: a Serra, depois de décadas de debate, pode ter eleições transmitidas por TV, que é um fator novo. No entanto, a decisão ainda está sendo debatida no âmbito da Justiça Eleitoral.

São muitos os fatores relativamente novos, mas que, de certa forma, alguns deles já ocorreram em menor grau na eleição de 2020. Ainda que não tenha sido uma disputa direta entre Audifax e Vidigal — já que o primeiro estava inapto a ser candidato, pois tinha esgotado essa possibilidade e lançou o vereador Fábio Duarte como sucessor —, a pauta do desgaste e do revezamento eleitoral dos dois principais líderes políticos da Serra nas últimas duas décadas e meia foi muito explorada e quase levou o então candidato Vandinho Leite ao segundo turno.

Audifax e Vidigal

A história de amizade, ruptura e disputas entre Audifax e Vidigal compõe a rica literatura política da Serra em um dos seus capítulos mais interessantes. Que fim dará esse ciclo? Crédito: foto de arquivo/2004 do Jornal Tempo Novo.

A hegemonia do modelo Audifax/Vidigal nunca esteve tão ameaçado, ainda que o prefeito Sergio Vidigal seja explicitamente o ‘candidato a ser batido’. Os fatores citados anteriormente pesam, com ênfase no cansaço natural causado pelo tempo, somado ao contínuo aumento populacional que, ano após ano, insere uma população desconhecedora dos avanços defendidos por eles; e que, em geral, são mais exigentes, tendo conhecido uma Serra em um estado melhor de habitabilidade. Isso cria um cenário complexo para ambos, especialmente para Audifax, que se encontra em uma situação de maior vulnerabilidade, considerando que Vidigal está no cargo de prefeito.

Quais os rumos de Vidigal e Audifax? Essa é uma pergunta central que não será decidida agora. Até porque, decisões definitivas não são tomadas neste momento. Essa é uma fase de construção. Partindo do básico das possibilidades: eles podem optar por uma campanha de retaliação eleitoral um contra o outro, como em outras situações. Essa possibilidade pode resultar em uma eleição polarizada entre os dois? Sinceramente, não parece factível, dado tudo que foi dito anteriormente. É mais plausível que ambos dividam o mesmo eleitorado, em geral, formado por aqueles que reconhecem o avanço experimentado pela cidade nas últimas décadas e optam por não mudar o rumo, podendo votar tanto em um quanto no outro.

No meio das possibilidades, há um acordo que pelo menos unifique o tom das narrativas eleitorais, de forma a proteger e valorizar seus resultados como prefeitos, diminuindo os níveis de agressão eleitoral no 1º turno. Juntos, poderiam espalhar melhor a mensagem aos eleitores novos ou relembrar aos eleitores ‘cansados’, sobre o desenvolvimento econômico e humano registrado em índices e indicadores. Ampliando essa fatia de eleitor ‘consciente’ da Serra do passado e a Serra de hoje, essa estratégia poderia levar os dois ao segundo turno – a depender muito do cenário de candidatos. Caso essa possibilidade ocorra, o jogo zera e a eleição no 2º turno reinicia com outros temas e narrativas.

No patamar mais alto dessas possibilidades eleitorais, está uma composição. Isso mesmo, nobre leitor, Vidigal e Audifax juntos. É impossível que isso ocorra? Não. Mas é bastante improvável, para dizer o mínimo [pelo menos em um primeiro turno]. Há um legado e conquistas construídos por eles, os quais ambos desejam proteger e que, somados ao pragmatismo político, poderiam conceber uma união que abalaria e alteraria todo o cenário político, criando um dos casos mais interessantes da política capixaba.

Contudo, para chegar a tal ponto, a confiança mútua é o grande limitador; seriam necessárias garantias de ambos os lados, que talvez eles não possam oferecer. Sem contar que o tempo corre contra essa possibilidade, já que seria necessária uma construção de caminho, narrativa, argumentos e motivos quem explicassem essa hipotética união após anos de disputas. Na prática é: quem estaria disposto a sair da eleição em nome do outro, sem confiança e garantias e com o tic-tac do relógio eleitoral acelerando? Mas pode acontecer, com maior probabilidade em um segundo turno do qual um fique de fora, hipoteticamente falando.

Bolsonaro x Lula

Polarização nacional é uma realidade para as eleições municipais. Pergunta que fica: qual a intensidade dessa tendência na Serra? Crédito: divulgação.

Isso tudo, por si só, já é bastante complexo. Mas não para por aí. Ainda não se dimensionou o tamanho da tendência do eleitor serrano de votar ancorado na polarização política nacional. A história recente prova que essa variável não pode mais ser desprezada, mesmo em um contexto local. Além disso, caso as investigações em curso resultem em uma prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, como é ventilado, as militâncias, simpatizantes e apoiadores bolsonaristas estarão inflamados e ativos nas ruas e nas redes, o que deve provocar um acirramento dos ânimos ideológicos, contaminando também o lado petista.

Na Serra, o PT, de Lula, e o PL, de Bolsonaro, se preparam para a disputa. Entre os petistas, tudo indica que o ex-deputado Roberto Carlos será o candidato a prefeito, pelo menos é a promessa do PT da Serra que garante que terá um candidato majoritário, e essa condição já estaria negociada no âmbito da Grande Vitória. Se isso ocorrer, pode ser uma eleição com maior influência da narrativa e polarização nacional.

Por outro lado, o PL ainda não tem um nome para a disputa. Ainda assim, isso acaba não sendo o fundamental, pois é o nome de Bolsonaro que será emprestado ao candidato escolhido. Há especulações: o vereador Igor Elson? A suplente do senador Magno Malta, conhecida como Marcinha? Ou um novo elemento? Fala-se de diálogos com o ex-vereador Fábio Duarte, mas ainda estão no campo das conversas a portas fechadas, sem resolução definida. Quem dará o veredicto é Magno Malta, e isso é a única certeza.

O homem do chapéu

Pablo Muribeca é uma realidade eleitoral na Serra. Fenômeno de web e uso do chápeu são suas marcas. Fortes aliados auxiliam o jovem deputado, entre eles Erick Musso, Amaro Neto e Marcelo Santos. Crédito: Crédito: Wilson Roberto/Portal 360.

Também à direita, mas sem necessariamente ter uma imagem colada a Bolsonaro [embora declaradamente simpático a ele], o deputado Pablo Muribeca tem aval do Republicanos para ser pré-candidato. Ele vem dos fenômenos da web mais modernos, utilizando modelos relativamente conhecidos para ganhar engajamento, que ainda não haviam sido introduzidos na Serra. Pablo polariza na pessoalidade com Vidigal, mais até do que o próprio Audifax. Ele é jovem, às vezes age impulsivamente, apresenta traços de ansiedade, mas também mostra um vigor e uma vontade incessantes.

Ele está integrado ao mundo das redes sociais, adaptando a política local a este tipo de ‘nova política’, algo do qual Vidigal reclama bastante, classificando-a como “narrativas para confundir eleitores”, como disse recentemente no Podcast do Tempo Novo. O uso do chapéu de cowboy por parte de Pablo criou uma marca com certo tom de originalidade, que caiu no gosto de uma fração da população, seja pela extravagância ou pela irreverência. Símbolos usados no contexto eleitoral costumam ser instrumentos importantes.

Mas quem pensa que se trata apenas de um jovem político de rede social está enganado. Por trás de Muribeca, há uma sofisticada rede de apoiadores, que vai desde o habilidoso ex-presidente da Assembleia, Érick Musso, até o atual presidente, Marcelo Santos. E é aí que a coisa engrossa. Essa rede complementa as deficiências políticas de Pablo, inserindo a necessária objetividade e frieza eleitoral, as articulações políticas, a montagem de chapa, a proteção contra atos e ações polêmicas do deputado — porém de grande engajamento virtual — e aquela política feita nos bastidores (ou seja, a política propriamente dita).

Muribeca deseja e trabalha para uma eleição entre ele e Vidigal, apostando no forte discurso do “novo contra o velho” em um contexto em que parte significativa do eleitorado busca mudança. Contudo, tal cenário dificilmente se concretizará para Pablo no 1º turno, dado o cenário variado, diversificado e com interesses conflitantes de grupos distintos. Uma coisa é certa: voto ele tem, e não é pouco. Pablo é uma realidade. É factível a possibilidade de ele eliminar um dos medalhões da disputa, atingindo assim o cenário desejado no 2º turno: o confronto direto. Em uma análise fria, considerando as variáveis, Audifax é o mais ameaçado.

Outros partidos

Fechando o grupo, há alguns que ainda se mobilizam como o Partido Novo, formado por empresários, alguns conhecidos e outros menos. Parece haver uma liderança preponderante do economista Benoni Antônio Santos e do empresário Wilson Zon. Não é a primeira tentativa de articular o Novo na Serra, mas dessa vez parecem mais organizados. Eles garantem que terão candidato a prefeito e chapa completa para vereadores. Há dúvidas também quanto ao MDB, que no estado é liderado pelo vice-governador Ricardo Ferraço. Há quem diga que pode surgir um candidato de lá.

Estão fora, mas estão dentro da eleição

Vandinho Leite tem força eleitoral e controla o PSDB, mas não declarou planos para eleição. Alexandre Xambinho está colado com Vidigal. Situação diferente da família Lamas, que se queixa da falta de diálogo. Já Saulinho da Academia é aliado do prefeito e mantém a governabilidade sem maiores transtornos. Crédito: arte/divulgação.

Outras forças eleitorais de muita importância estarão inteiramente no jogo, mas talvez não como candidatos. Observando toda essa paisagem, está o deputado Vandinho Leite, que pode ser decisivo, já que, além de sua própria força eleitoral de 20 anos na vida pública, traz consigo um PSDB organizado e alinhado, com bastante influência junto ao Governo do Estado. Vandinho é peça fundamental nesse jogo. Frio, calculista e reservado, o deputado espera o desenrolar dos eventos. Ele só deve tomar uma decisão definitiva nas datas limites para as eleições. Aliás, Vandinho e Vidigal têm comportamentos similares quanto ao descompasso da ansiedade e agitação geral do meio político da Serra. Ao tocar no assunto da eleição com ambos, o interlocutor não encontrará nada além de respostas dúbias, vazias ou esquivas dignas de bons lutadores.

Outro grupo histórico na cidade, a família Lamas, que já compôs vice em duas ocasiões [uma com Vidigal em 1997 e outra com Audifax em 2016], mantém seu reduto tradicional no PSB. É verdade que eles andam insatisfeitos e acreditam que a aliança de Vidigal com o governador Renato Casagrande (PSB) não deve ser aplicada de forma automática sem um diálogo local que os envolva. Eles se queixam a alguns interlocutores: “de que adianta um PSB-Serra ir para a eleição com Vidigal, se teremos um partido rachado?” Isso parece fazer sentido. Montar partido o PSB sabe fazer, tanto que nunca perderam representação na Câmara da Serra. Mas, assim como Audifax, a família Lamas talvez esteja em sua fase mais vulnerável. Contudo, vale o mantra: as melhores lâminas são forjadas no fogo mais intenso. Desembainhar a espada e ir para a guerra ambos sabem fazer, com um reconhecimento particular a Audifax, que literalmente não para de fazer política.

O deputado Alexandre Xambinho (Podemos) parece ter uma situação bem definida em relação à aliança com Vidigal. A menos que algo muito inesperado aconteça, a tendência é a manutenção dessa parceria política.

Outra força a ser considerada é a Câmara da Serra, representada pela figura do presidente, Saulinho da Academia. Filiado ao PDT, Saulinho é importante para garantir a governabilidade de Vidigal em um ano no qual as tensões aumentam progressivamente. Além disso, é evidente que a Câmara representa a segunda maior máquina municipal. É possível que Saulinho fique mais concentrado em seus próprios desafios, já que ele tem duas eleições para vencer: a primeira é sua reeleição como vereador, condição necessária para disputar a segunda eleição, que é a própria reeleição para a presidência da Câmara da Serra. Mas ao segurar as tensões e impedir movimentos adversos, como aqueles enfrentados por Audifax em meados de 2019, o presidente já presta uma excelente ajuda ao prefeito, além de ir para as ruas com uma campanha robusta carregando o nome de Vidigal em uma região na qual o prefeito historicamente tem dificuldades, que é Serra Sede.

Forças que vem de fora

Governador Renato Casagrande; Deputados Josias Da Vitória e Amaro Neto; e Magno Malta. Para compor a cena, ainda caberia Fabiano Contarato pelo PT. Crédito: divulgação.

A eleição da Serra é de grande importância estratégica em nível estadual. Trata-se do maior eleitorado e de uma Prefeitura com ampla capacidade de mobilização. Por essas razões, a sucessão do governador Renato Casagrande também passa pela Serra. Além do PSB, que governa o estado, partidos como o PP, Republicanos, PL e PT têm planos eleitorais para 2026. Com isso, entram em cena cabos eleitorais e articuladores externos para auxiliar seus aliados serranos.

Neste grupo, a maior estrela é o governador Renato Casagrande (PSB). Está bastante claro que seu candidato é Vidigal. A questão reside na intensidade com que esse apoio será manifestado. Casagrande tem afirmado que não vai entrar em eleições nas quais há mais de um aliado seu. Nesse sentido: Audifax é aliado? Não. O PT é aliado? Em outras cidades, pode até ser, mas não na Serra. O PL de Bolsonaro/Magno Malta é aliado? Absolutamente não. E Pablo Muribeca? Partidariamente não, embora Muribeca não tenha se posicionado como opositor. No entanto, os interesses eleitorais do grupo que sustenta politicamente Pablo entram em conflito direto com Casagrande. Parece justo dizer que Pablo claramente não é um aliado. Em relação ao Novo, é possível que Casagrande nem se relacione com esse grupo em nenhuma esfera.

Dado esse critério, e considerando o nível de alinhamento entre Casagrande e Vidigal, bem como o apoio que este último forneceu na eleição do governador, espera-se que seja significativa a intensidade do apoio que o político, ocupando a posição mais poderosa do Espírito Santo, prestará ao seu candidato, Sergio Vidigal.

A variável indefinida nesse tabuleiro é o PSDB. Embora, a princípio, Vandinho não seja candidato, ele é um importante apoiador de Casagrande, seja na articulação de forças na Assembleia Legislativa, que contribui enormemente para sua governabilidade, seja participando ativamente em questões administrativas, mas principalmente em temas sensíveis, como o debate em curso sobre a escolha do novo Conselheiro do Tribunal de Contas. Além, é claro de questões partidárias, considerando que o PSDB é partido grande e organizado e vai ser decisivo em 2026. Há um mal-estar entre Vandinho e Vidigal, uma questão que, se o governador realmente se engajar na campanha do prefeito, em algum momento terá que ser abordada claramente.

Embora seja o mais expressivo, Casagrande não é a única variável “de fora da Serra” no contexto da eleição, o que é lógico, considerando-se que se trata do maior eleitorado municipal do estado. O deputado federal Josias Da Vitória, do PP, em tese, deveria funcionar como um trampolim para Audifax, especialmente neste momento de segurar partidos e manter filiados, que se encerra no início de abril. No entanto, o parlamentar parece ter estado meio ausente, embora ainda haja tempo para aparecer e ajudar Audifax. Aliás, ajudar Audifax para que seja ajudado em 2026, já que ele é listado como possível postulante ao Senado ou Governo.

Outros nomes incluem Magno Malta, Carlos Manato (ambos do PL) e Amaro Neto (Republicanos). Os dois primeiros devem apoiar substancialmente uma candidatura bolsonarista já que seus nomes conferem legitimidade a esse projeto interligado ao ex-presidente; O PL tem tudo para disputar Governo do estado novamente, caso a polarização nacional siga forte, como é esperado.

Já o terceiro, Amaro Neto, deve atuar como cabo eleitoral de Muribeca. Ele é muito conhecido e querido entre os eleitores da Serra em decorrência da sua atividade televisiva. Seu partido, assim como o de Pablo, o Republicanos, é uma sigla ambiciosa. Embora não haja um nome que desponte atualmente para disputar Governo, o partido tenta se posicionar para isso. Na esquerda, o senador Fabiano Contarato, caso decida intensificar sua presença nas ruas, pode ser um importante impulso para o PT da Serra. Além de precisar de apoio para a renovação de seu mandato senatorial em 2026, o PT contará com um palanque. Estima-se que esse nome possa ser o do deputado federal Helder Salomão. Ambos, Contarato e Helder, são bem avaliados na esquerda capixaba e têm boa relação com o núcleo petista ligado diretamente a Lula.

Perguntas a serem respondidas

Bem, é como diz o ditado, “o jogo é jogado e o lambari é pescado”. Ainda há muita água para correr por baixo dessa ponte, mas a situação está esquentando de maneira interessante na Serra. Em resumo, há perguntas importantes que em breve serão respondidas. Alias, formular as questões certas é também parte do exercício jornalísitco. No caso da Serra, elas parecem ser:

Haverá uma sobrevida do modelo Vidigal e Audifax, que reconhecidamente mudou a Serra para melhor, mas enfrenta o desgaste do tempo e a perda da hegemonia antes protegida pela própria polarização entre ambos? Veremos uma reedição requentada desse embate polarizado, principalmente no caso de Audifax superar as vulnerabilidades eleitorais às quais está submetido? Ou até mesmo uma composição entre eles, em nome do pragmatismo, da sobrevivência e da proteção de suas conquistas?

Parece lógico que a rivalidade Lula versus Bolsonaro vai influenciar, mas em que intensidade? Será capaz de concorrer com os temas locais? O fenômeno da web Pablo Muribeca, também conhecido como o homem do chapéu, e sua articulada rede de apoio oculta, conseguirá se sobressair? Ele vai se estabelecer como a verdadeira terceira via?

Como se comportarão os importantes players serranos que não estarão diretamente na eleição, mas que têm condição de alterar o resultado, em especial os rumos de Vandinho Leite/PSDB? Qual será o nível de comprometimento eleitoral de Casagrande com Vidigal? Fator determinante no processo. E dos demais citados? Afinal, os interesses de 2026 em que a opção de reeleição do governador não está mais apta, estão estacionados na eleição de 2024.

Após os primeiros dias de abril, quando o panorama de filiações ficar claro, será possível observar um cenário menos especulativo e mais prático. Daí em diante se inicia outra etapa que são as negociações sobre composições, apoios, escolha de vice, solidificação ou desmonte das pré-candidaturas a prefeito, até chegar a fase das convenções, quando tudo isso já deverá estar bem amadurecido.

Yuri Scardini

Morador da Serra, Yuri Scardini é repórter do Tempo Novo. Atualmente, o jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a editoria de política.

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