Formar profissionais capacitados e cidadãos melhores. Esse é o lema do Instituto Formar, entidade não-governamental que atua na Serra há seis anos com programas de estágio e Adolescente Aprendiz. Nessas duas frentes, o destaque é para o importante trabalho social feito para Pessoas Com Deficiência (PCDs).
Quem explica é a diretora do Instituto, Djully Rocha. “É uma modalidade nova, em que somos pioneiros no estado. Fizemos uma parceria com a Apae da Serra e a empresa Pelicano, que teve uma demanda de 20 vagas pra atender aos PCDs. A Apae nos encaminhou os meninos para realizarmos a formação a teórica e a prática desses alunos”.
Segundo Djully, o Instituto Formar atende a 20 PCDs no programa de Adolescente Aprendiz, num total de quase 500 alunos, que têm todos os direitos de um funcionário. “Os aprendizes são contratados pela CLT, trabalham quatro horas diárias, ganham meio salário mínimo e vale-transporte”, enumera.
Nesse programa, os adolescentes têm aulas teóricas na sede da instituição, situada em Jardim Limoeiro, e ficam três dias na empresa parceira para fazer a parte prática do curso. “Os cursos ofertados são de acordo com a área de atuação da empresa. Temos os de assistente administrativo e repositor de mercadoria”, explica Djully. Todos os adolescentes aprendizes já são contratados por alguma empresa parceira, que paga uma taxa para manter o funcionamento da entidade. “Posso dizer que 80% das empresas da Serra contratam com a gente”, completa a diretora.
O público alvo é de jovens na faixa etária de 14 a 18 anos, cuja maioria vem de bairros com alta vulnerabilidade social. “Inclusive, temos alunos que cumprem medidas socioeducativas, pois procuramos incluir todo mundo. Envolvemos a empresa, a família e toda a equipe para formar não só um bom funcionário, mas também um cidadão melhor”, ressalta a diretora. E para ser um aprendiz, o adolescente precisa estar matriculado numa escola.
Djully destaca a contribuição dessa iniciativa para a inclusão das Pessoas Com Deficiência e dos demais alunos no mercado de trabalho. “Contribui com a autoestima, a dignidade deles, porque percebemos que eles não tinham muita perspectiva de trabalho”, conta Djully.
Segundo ela, todos estudam no mesmo espaço, sem diferenças, participando de todos os módulos de ensino, como forma de inclusão. “E caso surja alguma dificuldade para os PCDs em determinado módulo, temos um educador próximo a eles, atuando em cada necessidade, para que tenham um aprendizado adequado a eles. E já percebemos um crescimento profissional desses jovens nas mínimas tarefas que pedimos para fazer”, acrescenta.
E para apresentar o novo espaço aos parceiros e à sociedade, haverá um coffee break no dia 15 de maio, às 15h na sede do Instituto. Mais informações: (27) 3066-8070.