Mais de 308 pessoas já foram beneficiadas com cursos ofertadas pela Associação das Micro e Pequenas Empresas de Vila Nova de Colares (AMPE).
De acordo com informações do presidente da entidade, Gleidson de Jesus, o número se refere somente ao primeiro semestre de 2024. Dentre os cursos ofertados estão o de portaria, recepção, além de cursos na área da estética feminina como designer de sobrancelhas.
Desde sua fundação em 2010, a entidade já atendeu mais de 8 mil alunos: a maioria são mulheres. “Planejamos ofertar curso de libras e montagem de andaimes, em breve, com turmas já para o mês de julho”, adianta Gleidson.
Os cursos têm aporte e cooperação de órgãos públicos e da iniciativa privada. Nas formações de portaria, por exemplo, quem aplica a matéria e certificam os alunos é a escola Isant Cursos Formação Profissional. Já no caso das formações em corte e costura, os cursos são aplicados em parceria com a ADERES.
Vale destacar que 87,03% dos alunos são mulheres com faixa etária entre 18 e 51 anos de idade. As aulas e certificados são gratuitos, e os cursos ultrapassaram os limites de Vila Nova de Colares, e já alcançaram quase uma dezena de bairros, entre eles, as regiões de Serra Dourada e Cidade Continental.
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Atualmente a AMPE Vila Nova oferta 17 matérias, a maior parte delas tem finalidade de capacitar pessoas para empreender, entretanto, vendo que muitos moradores do território não têm interesse em empreender por falta de habilidade, mais precisam trabalhar para dar sustento a sua família, começaram a ofertar cursos de porteiros e entre outros.
“Muitos moradores tem medo de empreender, mesmo com incentivo financeiro, muitos admitem não ter talento para negócios, mais precisam trabalhar, e para cooperar com isso começamos ofertar cursos simples, mais com alta demanda no mercado de trabalho, porteiro é um deles”, disse Gleidson.
Já o diretor da Isant Cursos, Alexandre Passos, vê a cooperação da escola como uma compensação social. “Imagina a mente de um morador da periferia, vendo oportunidade mínima de emprego, como portaria, onde o salário é quase o valor do mínimo, mais acabam não conseguindo por não ter R$ 200 (duzentos reais) para pagar um curso”.
Max Mauro, que é instrutor, diz se sentir realizado com a alegria e satisfação dos alunos. “Cada turma é uma realização para mim, pessoas simples valorizam iniciativas simples, teve aluna de 40 anos que nunca esteve em uma sala de aula, e parecia uma criança descobrindo um novo mundo; isso não tem preço”. Disse Max.