Por Yuri Scardini
Prefeito da Serra em três ocasiões, eleito deputado federal mais votado em 2014, nesta entrevista, Sérgio Vidigal fala sobre as eleições de outubro, possível expulsão do PDT, apoio do governador Hartung além de muito mais.
O senhor é pré-candidato a prefeito ou não?
A cada dia que passa esse papel de pré-candidato vai se consolidando. Estamos ouvindo a população que tem nos chamado para conversar. Precisa manter os projetos que foram iniciados em 1996.
Por que sair do legislativo, onde o salário é maior e há menos preocupação, e retornar a Prefeitura no meio de uma crise econômica?
Não é desejo pessoal de voltar, porém não há uma terceira via de fato para tocar um novo projeto para Serra, se houvesse poderia contar totalmente com nosso apoio. Agora acomodação não combina comigo, meu historio nunca me deixou opta pelo caminho mais fácil. Estamos discutindo novos projetos para a cidade. Estou abrindo mão de muita coisa na minha vida, de projetos futuros que poderiam se inviabilizados, mas por outro lado a Serra é uma grande vitrine.
Quando você diz atrapalhar planos futuros, o senhor quer dizer tentar uma vaga para o senado ou até para governador?
Olha bem, eu creio que não posso ser prefeito para sair no meio do mandato. Tem uma série de fatores e eu sou muito determinado e acho que eu nasci para ser soldado, eu gosto de uma convocação.
Quais são os eixos deste novo modelo?
A cidade precisa de continuar a ter investimentos, principalmente em logística e infraestrutura. Não adianta nada ficar inaugurando só praça. Precisamos começar a trabalhar com sistemas de créditos para grandes investimentos, PPP’s e concessões. O segundo é área social, melhorar a qualidade da saúde e educação, senão corremos o risco de ter duas Serras, a dos ricos e a dos pobres. Temos também nossa área rural e o potencial de exploração do setor de agronegócio, é uma alternativa. Precisamos enxugar maquina e escolher pessoas levando em conta a meritocracia. Estamos discutindo 12 temas para a Serra.
E sobre os nomes que estão postos como terceira via?
Terceira via é alguém que não tem nenhum vinculo com as lideranças que estão instaladas na Serra. Se você observar em determinando momento, vai encontrar uma foto com todos esses agentes políticos juntos, no mesmo palanque, discutindo os mesmo projetos, temos apenas um grupo politico na cidade que se dividiu. Quando eu surgi, tinha o grupo dos Feu Rosas e o Motta, eu nunca tinha subido em palanque de nenhum deles, esse perfil é uma terceira via.
Na próxima segunda-feira (30) o PDT decide se vai expulsar os deputados que votaram a favor do impeachment, qual sua expectativa?
Creio que o partido tomou uma decisão no momento de efervescência, acho que não cabe expulsar ninguém, aquele voto estava acima das bandeiras do partido. A lei determina que nestes casos não pode haver encaminhamento de bancada partidária, é um volto de julgador. Estou muito tranquilo, e o partido terá sensibilidade, e deve rever sua posição.
E a respeito das especulações que dão conta de um possível apoio do PMDB na sua candidatura?
Primeira coisa é construir um projeto, e depois buscar os parceiros. Em 2014 tínhamos feito um debate. Nós estamos numa fase de discursão, o Lelo (PMDB) em Vitória diz que é candidato, mas tem o Luiz Paulo Velosso (PSDB) que é da mesma base também diz que é, então estamos conversando.
E sobre um possível apoio de Hartung na sua candidatura?
Não acredito que o governador vai definir lados publicamente, ele trabalha para manter a unidade no estado, acho muito difícil do governador participar diretamente, ele pode usar influencias. Foi a mesma coisa que Casagrande fez, não veio para a campanha na Serra em 2012, mas colocou seus aliados.
Como o PDT vê a movimentação da CPI dos empenhos?
O relatório foi feito pelo deputado Euclério Sampaio que é do PDT, não teve influencia nossa, é uma decisão técnica dele mesmo, e a posição do PDT vai acompanhar o relatório do relator. Uns dizem que tem que questionar Casagrande, mas ele não era ordenador de despesas. De qualquer forma é uma decisão daquela Casa e os deputados do PDT, que são três, estarão olhando o relatório.
O meio político entende que as eleições aqui da Serra serão as mais “violentas”…
Se depender de mim não, por que eu não uso esse modelo e essa ferramenta na política, os candidatos devem falar apenas dos projetos da cidade. Se não for assim, fica um jogo baixo, isso é para quem não tem projeto, essa prática não é minha, mas estamos preparados para o debate seja ele da forma que vier, e gostaria que os candidatos a prefeitos tivessem respeito pela população.
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