Criado para ser um espaço de lazer e contemplação da natureza, o Horto Municipal da Serra-sede, também chamado de Jardim Botânico, está com problemas. No local persiste o esgoto a céu aberto sem tratamento vindo do bairro Santo Antônio, há entulho jogado na área do Horto, além dos constantes incêndios num local viciado de deposição de resíduos num térreo vizinho.
Uma dos desafios do Horto, cujo projeto de Jardim Botânico iniciado na 1ª gestão do prefeito Audifax Barcelos (Rede), entre 2005 e 2008, mas ainda não foi concluído, é a falta de controle de acesso ao espaço. Já não há cerca que separa a área do bairro Santo Antônio. Por isto lixo e entulho estão sendo jogados no meio do bosque, numa área que deveria estar protegida.
Outro problema é o esgoto. Ele foi retirado da lagoa, que agora só recebe águas limpas de uma nascente. Esse esgoto ficou oculto num trecho porque o córrego poluído que vem de Santo Antônio foi canalizado. Mas a sujeira reaparece justamente em frente ao local onde o município está construindo, ao custo de R$ 1,2 milhão, a sede da Área de Proteção Ambiental (APA) do Mestre Álvaro. Dali a sujeira desce para o córrego Doutor Róbson, um dos formadores da lagoa Juara.
Uma terceira situação que merece atenção é o ponto viciado de deposição de lixo, entulho e outros resíduos, num terreno ao lado do Horto, já na ladeira de acesso ao cemitério da Serra-sede. Também salta aos olhos uma quarta situação: o abandono do imóvel que funcionava como ponto de apoio à Polícia Militar Ambiental.
A Secretária de Meio Ambiente da Serra, Andreia Carvalho, reconhece os problemas. Quanto à deposição de entulho e queima de lixo, disse que o município pretende cercar as áreas onde tem esse problema. Sobre o esgoto, Andreia falou que vai oficiar a Cesan e o Consórcio Serra Ambiental para informar sobre o andamento das ligações à rede de coleta e tratamento que está sendo implantada na região. “Onde não houver rede de esgoto disponível, os moradores terão que fazer um sistema de tratamento individual com fossa filtro”, adianta.
A secretária disse também que o município estuda tampar o trecho do córrego poluído em frente à futura sede da Apa do Mestre Álvaro. Já o imóvel onde ficava a Polícia Ambiental, Andreia falou que está sendo reformado e deverá ficar pronto até o fim do 1º semestre.
