O Espírito Santo é um dos estados que menos recuperou a mata Atlântica entre 1985 e 2015 dentre aqueles inseridos no bioma. Apenas 2.177 dos 483.158 hectares de florestas ainda de pé nas terras capixabas foram fruto da regeneração natural ou de reflorestamentos em 30 anos. É o que aponta o levantamento feito pela Ong SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgado esta semana.
Além do Espírito Santo, o levantamento também mensurou a regeneração natural e artificial da mata Atlântica em outros oito estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso do Sul.
Em nenhum deles o índice de recuperação da área de mata Atlântica ficou abaixo do obtido pelo Espírito Santo, de 0,45% das matas existentes na atualidade. Por exemplo, nosso vizinho Rio de Janeiro, apesar de ter população quatro vezes maior e um território menor do que o nosso, tem quase o dobro da mata Atlântica existente no ES: 820.237 hectares. E conseguiu no mesmo período recuperar pouco mais de 4 mil hectares – 0,5% do que possui atualmente.
Até o superindustrializado e populoso São Paulo teve mais sucesso que o ES na regeneração de sua mata Atlântica. Recuperou cerca de 23 mil hectares, o que representa 1,1% do total de 2.334.876 hectares de florestas remascentes em terras paulistas.