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Destruição da Mata Atlântica reduz no ES, mas cresce em outros estados

Em tempos onde Brasília age abertamente para reduzir a proteção ambiental no país, uma boa notícia para os capixabas. Houve redução de 31% na destruição da mata Atlântica entre os anos de 2019 e 2018 no Espírito Santo. Já a notícia ruim é que a devastação do bioma cresceu no Brasil. A informação é do Atlas da Mata Atlântica, cuja atualização foi publicada nesta quarta-feira (27)

No território capixaba, a perda foi de 13 hectares. Entre 2017 e 2018, havia sido de 19 hectares. Segundo dados do Atlas, nos últimos seis anos 540 hectares de mata Atlântica foram derrubados no estado.

O número pode ser considerado preocupante porque a Mata Atlântica, que outrora já cobriu todo o ES, sobrou em apenas 10,5% do território. Até São Paulo e Rio de Janeiro tem mais florestas, tanto em números absolutos quanto em relativos.

Área próxima à Muribeca, Serra, em que houve desmate para implantação do Contorno do Mestre Álvaro. Foto: Bruno Lyra – 03/03/20

Os 540 hectares representam pouco menos de 1% do território do município da Serra, onde também houveram desmatamentos no período.  Alguns deles ocorreram em 2019 ao longo do trecho entre São José do Queimado e Muribeca, para a implantação da rodovia do Contorno do Mestre Álvaro (BR 101), obra esperada pela cidade há anos.

Licenciador da obra, o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) informou que 34,7 hectares de fragmentos florestais foram derrubados para a implantação da obra, que segue acontecendo durante a pandemia e tem conclusão prevista para 2021.

Segundo a assessoria de imprensa do Iema, os responsáveis pela obra, que é federal, depositaram R$ 375 mil no Fundágua, que entre outras ações promove reflorestamentos.

A Área de Proteção Ambiental (APA) do Mestre Álvaro, que fica ao lado e está sendo impactada pela nova estrada, também recebeu R$ 641 mil. Responsável pela APA, a Prefeitura da Serra informou em março que o dinheiro será usado para atualizar o cadastro fundiário do Mestre Álvaro.

Minas, Bahia e Paraná lideram destruição da floresta

O Atlas mostrou também que somados os desmates ocorridos em todos os estados que têm mata Atlântica, a floresta perdeu 14,5 mil hectares entre 2018 e 2019. Um aumento de 27,2% em relação ao período anterior (2017/2018).

Lideraram a destruição os estados de Minas Gerais (5 mil hectares), Bahia (3,5 mil hectares) e Paraná (2,7 mil hectares).

O Atlas é feito pela ong Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Este ano o estudo teve execução técnica da Arcplan e patrocínio de Bradesco Cartões.

 

Redação Jornal Tempo Novo

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