Esta semana alunos da escola municipal Governador Carlos Lindemberg, em Barro Branco, vão visitar o Parque da Cidade, em Laranjeiras, para fazer uma aula de campo em meio a natureza. Os estudantes vão conhecer o Espaço Botânico do parque que possui um bromeliário e diversas árvores da Mata Atlântica.
A aula de campo será nesta quarta (22) e quinta (23) e cerca de 200 alunos irão participar da atividade.
Para quem não conhece o Espaço Botânico tem uma infinidade de plantas, entre elas, bromeliários, jardim sensorial, orquidário e viveiros de plantas (carnívoras, bioativas, sensitivas, mata atlântica), jardim temático de restinga e circuito de plantas nativas.
O Parque da Cidade possui árvores de espécies nativas como aroeira, pau-ferro, pau-brasil, jequitibá-rosa, jacarandá, ipês e cedro-rosa.
Esta não é a primeira vez que os estudantes da instituição saem da sala de aula para conhecer a realidade da cidade. Ainda este mês, outro grupo de alunos foi conhecer o sítio histórico do Queimado. A iniciativa é dos professores e do diretor da escola, Rogerio Martins, que conta que a ideia tem se destacado e se tornado modelo para outros colégios do município. A ideia conta com apoio da Secretaria de Educação da Serra.
De acordo com a professora do 2º ano C, Rayanne Saldes, é uma oportunidade para aprender com a vivência. “Gera experiência e memória. Tirar os alunos de sala, já nos leva a um nível maior de atenção e emoção. Na atualidade, atenção, concentração e cuidado com a natureza tem sido cada dia mais necessário”.
O estudante Lucas Butzene ressalta a importância da preservação do meio ambiente. “É importante aprender sobre as plantas e ajudar a preservar”.
A professora Edina Mara Batista que leciona para a turma do 2º ano A ressalta que os passeios escolares ou aulas de campo alinham de forma prazerosa, interdisciplinar e lúdica o que é visto em sala de aula. “Esse tipo de aula cria uma expectativa e desperta muito interesse em aprender os conteúdos”.
O aluno Kendrick Souza da Silva, 2 ano A, concorda com a opinião da professora e disse que presenciar o que foi ensinado é muito gostoso. “Sair um pouco da sala e olhar o que foi conversado é bem melhor e mais gostoso”
Já a educadora ambiental, Cristina Zampa Sanchez, que é bióloga e professora e atua como educadora ambiental no CEPS – Centro de Estudos Pesquisa e Conservação de Bromeliaceae e outras herbáceas da Serra contou ao Tempo Novo como é seu trabalho. “Meu trabalho nesse projeto é receber as escolas que agendam conosco visitas monitoradas aos viveiros das bromélias e orquídeas e aos jardins temáticos, que são o jardim sensorial e o jardim da restinga”, disse ela.
Cristina disse ainda que em cada espaço são abordados diferentes aspectos relacionados à sensibilização ambiental. “Nossa dinâmica permite explorar os sentidos à medida que estabelecemos o contato com as plantas, além de informar sobre a importância da manutenção da biodiversidade de plantas nativas da Mata Atlântica e dos ecossistemas associados ao município da Serra, no caso, a restinga, vegetação que sofre intensos impactos e degradação”.
A bióloga explicou ainda que as ações promovem a sensibilização ambiental e a difusão do conhecimento científico. “Despertando nos visitantes o entendimento da importância da manutenção de áreas verdes urbanas para promover qualidade de vida e difundir informações sobre nossos ricos ecossistemas e sua biodiversidade, observada na imensa variedade de espécies de plantas cultivadas e mantidas no Parque da Cidade”, explicou.