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Escola pública da Serra aprova 19 alunos na Ufes

Os estudantes Maria Eduarda Tacón, que passou em Serviço Social e Mateus Mota, destaque em Física no vestibular da Ufes. Foto: Divulgação

Ana Paula Bonelli

Trinta e cinco aprovados. Esta foi a marca da Escola Estadual Marinete de Souza Lira, em Feu Rosa, que aprovou alunos no vestibular da Ufes, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e em diversas outras faculdades pelos programas Nossa Bolsa e Pro-Uni.

Na Ufes, os alunos conseguiram vagas em cursos de Jornalismo, Serviço Social, Economia, Química, Administração, Letras Português, Filosofia, Educação Física, Física, Design, Arquivologia, Gemologia e Engenharia Mecânica.

Já no Ifes, o destaque ficou com o curso de Química. Pelos programas Nossa Bolsa e Prouni, foram diversos aprovados para as faculdades Fabra, Doctum, Saberes, Novo Milênio, Unesc, Universidade Vila Velha, Multivix, UCL, Unesc, e Unip para cursos como Letras Português, Pedagogia, Letras Inglês, Gastronomia, Direto, Fonoaudiologia, Farmácia, Enfermagem, Engenharia Química, Português Inglês, Engenharia de Produção e Engenharia do Petróleo.

O professor de Geografia André Ramos salienta que foram criadas diversas práticas pedagógicas voltadas para o ENEM. “Em 2017, tivemos a produção de redações semanais e ao mesmo tempo outros projetos como o Juri Simulado. Indicamos também diversos sítios eletrônicos para estudos fora do horário das aulas, além de um projeto muito bacana que foi o Youtube onde as turmas do 3º ano tiveram que produzir vídeos com conteúdos estudados ao longo de todo o Ensino Médio e publicaram na rede social. Foi uma forma de revisar o conteúdo e criar uma interação com todas as disciplinas”, conta André.

Destaque também para os professores Felipe Paradizzo e André Jacintho de Português; Darlan Campos, de História; André Ramos e Pauliane Gonçalves, de Geografia; Nicola Cano e Afrania Lomar, de Biologia; Naiara Borges, de Artes; Maykel Moraes e Joelma Kruger; de Química; Lucas Corrêa, de Filosofia; Crisley Mendes, de Física; Victor Barbosa, Letícia Magalhães e Pedro Rozales, de Sociologia, Ana Paula Nascimento, de Inglês; Sanan Zambelli, Mirleni de Jesus, Karla Lozer e Lalesca Oliveira, de Matemática.

Importante ainda mencionar o trabalho de acompanhamento escolar e ajuda aos estudantes da equipe pedagógica composta por: Maria Geralda Soares, Elis Regina, Roberta Simas, Luana Martins, Maria Simone Arreco, Glaucianita da Silva Soares e Regina Bonifácio. tem também a equipe de manutenção, em especial Evanilde Silva, e a equipe de vigilância, com destaque para Mayke Silva.

Para a diretora Graziely Ameixa Siqueira o desempenho dos estudantes foi surpreendente. “Colhemos um resultado de 19 aprovados na Ufes e outros alunos que entraram pelo Nossa Bolsa e pelo Prouni e outros meios. É um trabalho recompensador que vem sendo realizado há três anos, desde que estes alunos estavam no primeiro ano”, disse.

Graziely conta ainda que os problemas iam além da estrutura da escola. “Nós tínhamos uma escola complexa, com espaços limitados e dominados pelo tráfico e pelo medo. Nós lutamos e conseguimos resolver. Fomos atuando no enfrentamento das dificuldades de aprendizagem destes alunos, e hoje colhemos os resultados. Tudo faz parte de um acompanhamento ativo desses alunos, de uma equipe principal que manteve um eixo. Temos uma cara, uma identidade.  Em 2017, nós fizemos muitos projetos de leitura, palestras, além observar o comportamento dos alunos, o ânimo principalmente”, destaca.

A diretora diz que foi necessário exceder as funções de professores prestando trabalhos fora do horário de expediente. “Tudo feito com muita seriedade, pois não é só estar presente para receber o salário no final do mês. Todos estiveram dispostos a participar de encontros, reuniões, seminários fora do horário de trabalho. Muitos momentos de dedicação em equipe. Pegamos alunos desencorajados e mostramos que era possível. O sobrenome desta escola é humanidade e o trabalho com o outro, o cuidado, porque é assim que a gente faz aqui”.

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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