Diversas escolas de Ensinos Fundamental e Médio da Serra apresentaram, nessa segunda-feira (20), no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) no município, projetos de iniciação científica em várias áreas de estudos, desde letras, matemática, até nas diferentes áreas de engenharia, por exemplo.
A finalidade foi apresentar os resultados parciais de cada pesquisa. No final do ano que vem, os alunos, juntamente com os professores, pesquisadores e monitores, irão apresentar os resultados finais, em uma feira científica aberta ao público.
Um dos projetos apresentados foi o “Matemáticos Mirins”, desenvolvido com alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Leonel de Moura Brizola, na Serra. “O projeto tem o objetivo de ensinar de forma lúdica a matemática, e aproximar os alunos da disciplina, mostrando o quanto a matemática é importante e está presente no nosso cotidiano”, destacou o coordenador do projeto, Fábio Corrêa.
Outro projeto que também visa à melhoria do desenvolvimento educacional dos estudantes é “O estudo do impacto na escola e na comunidade da implantação de um jornal de cunho social e ambiental”, em que foi desenvolvido um site de notícia, com reportagens feitas pelos próprios alunos. “Melhorei bastante no desenvolvimento de textos, além de ter descoberto o quanto gosto de escrever, principalmente os artigos de opinião. Aprendemos muitas técnicas, e fiquei feliz em ter passado no processo seletivo”, contou uma das alunas do Pic Júnior, Eduarda Milagre.
Pic Júnior
Os projetos são financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), do Governo do Estado, por meio do Programa de Iniciação Científica Júnior – Pic Júnior, que objetiva apoiar pesquisas com a participação ativa de crianças e adolescentes, incentivando-os a continuarem seus estudos e o envolvimento em projetos científicos, tecnológicos e de inovação.
O Programa ocorre apenas em escolas da rede pública, de Ensinos Fundamental e Médio, e conta com recursos do Governo do Estado, por meio de editais lançados pela Fapes. O grupo de pesquisa é composto por um pesquisador, que submete o projeto, junto com um professor-tutor da escola onde será desenvolvida a pesquisa, dois monitores de graduação e mais dez alunos.
De acordo com a assessora de resultados da Fapes, Rosa Trevas, que avalia e acompanha cada pesquisa, o programa é essencial e transforma a vida de muitos alunos. “Os projetos sempre tem a ver com a realidade da comunidade onde a escola está inserida, despertando o interesse por áreas existentes em universidades públicas próximas aos estudantes, facilitando ainda mais a entrada e continuidade nos estudos. O objetivo do programa é tratar um problema real da sociedade, a partir da metodologia científica para resolver o problema à medida que isso possa ser palpável para alunos de ensino médio”, salientou a técnica.