No ano passado o jornal New York Times publicou uma matéria onde afirmava: Ser escritor no Brasil é a profissão mais patética do mundo. O jornal chegou a esta conclusão depois de uma pesquisa internacional. Considerando a média de leitura dos brasileiros: cerca de apenas um ou até três livros ao ano – o país era o pior possível para quem quer se aventurar no universo das palavras, segundo o jornal norte-americano.
O jornal fez questão de citar as exceções, como Paulo Coelho, o autor brasileiro mais lido em todo o mundo. O mesmo está entre os mais vendidos do New York Times há mais de cinco anos, é elogiado por intelectuais de todo o mundo, mas é muito criticado no Brasil. Eu adoro os seus livros e nunca entendi as críticas. Algumas pessoas têm por profissão criticar. Muita gente talentosa desiste de compartilhar sua arte e sua sabedoria com o mundo porque teme estas críticas. Oras, mas já dizia Aristóteles: Só existe uma forma de evitar a crítica: Não fale nada, não faça nada, não seja nada.
As pessoas também temem as estatísticas: Será que isso dá dinheiro? Será que tem lugar para mim aqui?A publicação do jornal New York Times serve de alerta: Precisamos ainda desenvolver uma cultura literária no Brasil. Mas não foi o suficiente para me fazer abandonar a vocação.Escrever é uma missão, e uma estatística é um desafio, jamais um impedimento. Acredito que não importa o que você faça, se o seu objetivo for de colaborar com a sociedade e seu trabalho trouxer resultados para as pessoas, você terá sucesso.
Talvez seja questão de pensar diferente, desenvolver uma nova tática, estudar e recomeçar. O brasileiro pode ler pouco, então, que eu participe da missão de mudar esta matéria, quem sabe no próximo ano, ou nos próximos dez anos, a reportagem seja outra: O Brasil é o melhor lugar do mundo para ser escritor.Na minha relação de todos os dias com você, leitor, e principalmente em meu coração eu sinto que já é.