Mesmo depois de tratado pela Cesan/Ambiental Serra, esgoto segue com cor escura, espuma e é lançado nos alagados do Mestre Álvaro na região de Jardim Tropical. A denúncia é do ativista Pedro Antônio Custódio da Silva, o Pedrão do Brasil, que na última terça-feira (04) fez um vídeo no ponto onde são descartados os efluentes da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) localizada próximo à subestação de Furnas.
Pedrão passa com frequência no local, que é rota de acesso a trilhas que levam ao Mestre Álvaro. “Às vezes o esgoto descartado está melhor, sem essa cor e sem espuma. Mas tem dia que parece não ter qualquer tipo de tratamento. Nesse dia (da filmagem) o líquido jogado nos alagados estava espumando, parecia sem qualquer tipo de controle. Não tem fiscalização, não tem nada”, desabafa.
O ativista lembra que do local citado, as águas fluem para o Canal dos Escravos, aos pés da Área de Proteção Ambiental (APA) do Mestre Álvaro. Dali, vão para outra reserva natural da Serra, a APA Manguezal Sul. Reserva que se conecta com os manguezais de Vitória e Cariacica, num complexo que abrange uma das margens da baía de Vitória e o conjunto de ilhas de manguezais da foz do rio Santa Maria.
Veja o vídeo do descarte:
É dessa região que saem iguarias – siris, sururus e caranguejos – consumidas no polo gastronômico da Ilha das Caieiras, em Vitória. Atividade que sustenta negócios do turismo de gastronomia e beneficia famílias de catadores de caranguejos e marisqueiros na capital, Serra e Cariacica.
Não é a primeira vez que surgem denúncias de que a Estação de Tratamento de Esgoto da Cesan/Ambiental Serra em Jardim Tropical não estaria prestando o serviço adequadamente. Uma das denúncias foi feita pelo ativista Rafael Alfeler em dezembro de 2018.
A reportagem questionou a Cesan/Ambiental Serra sobre a denúncia mais recente, feita por Pedrão do Brasil, sobre suposto mal funcionamento da ETE Jardim Tropical. Mas até o momento da publicação dessa matéria, a empresa não retornou.
Na ocasião da denúncia feita em setembro de 2018, a Cesan/Ambiental Serra disse que a ETE Jardim Tropical opera dentro dos padrões previstos em lei.
Parceria Público Privada (PPP)
Desde janeiro de 2015 a gestão do esgoto da Serra é feita em Parceria Público Privada (PPP) entre Cesan e Ambiental Serra. Pioneira no ES, a PPP foi anunciada como solução para ampliação da cobertura e melhoria do serviço de tratamento de esgoto na cidade.
Mas até julho de 2019, a Ambiental Serra já acumulava mais de 40 autos de infração e R$ 2 milhões em multas aplicadas pela Secretara Municipal de Meio Ambiente (Semma) por descarte inapropriado de esgoto na natureza. Do morador que tem seu esgoto ligado ao sistema, a Cesan cobra acréscimo de 80% no valor da conta de água. A taxa é referente ao serviço de coleta e tratamento de esgoto e é com ela que a Cesan remunera a parceira Ambienta Serra.
O mesmo formato de PPP foi replicado na cidade de Vila Velha em 2017. E, como na Serra, a parceira da Cesan é do mesmo grupo que controla a Ambiental Serra, o grupo Aegea.
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