É uma micose causada pelo fungo Sporothrix schenckii, que pode afetar animais e humanos. Apesar de ser uma doença muito comum atualmente, por incrível que pareça, muitos tutores ainda não têm as informações necessárias para lidar com o problema.
O fungo causador da esporotricose geralmente habita o solo, palhas, vegetais e também madeiras, podendo ser transmitido por meio de materiais contaminados, como farpas ou espinhos. Animais contaminados, em especial os gatos, também transmitem a doença, por meio de arranhões, mordidas e contato direto da pele lesionada.
A doença tem início com pequenas lesões na pele (em qualquer área), que podem estar ulceradas ou não, que aumentam rapidamente de tamanho, e que quando tratadas com medicamentos convencionais, não curam. Com o tempo (curto) essas lesões vão se disseminando por todo o corpo do animal, atingindo também as cadeias de linfonodos.
As lesões se tornam ulceradas, com secreções úmidas e muitas vezes purulentas. Além disso os animais podem ficar prostrados, com hiporexia ou anorexia, com secreção com odor fétido, prurido (quando tem infecção secundária oportunista), e debilidade física. É comum vermos orelhas, face e nariz acometidos.
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A esporotricose pode ser confundida com outras doenças, por isso é de suma importância que você leve seu felino ao médico veterinário para que ele possa fazer os exames específicos, e tratar o quanto antes.
Essa doença tem tratamento e cura. Após ser diagnosticada o veterinário entrará com os tratamentos necessários para cada etapa da doença (simples ou complexa). Muitas vezes teremos que fazer uma terapia mais complexa devido ao grau de agravamento dos sinais clínicos.
Normalmente a eutanásia não é opção como primeira escolha, a não ser que pela avaliação veterinária (sempre), essa seja a única opção. Então tutor, não definam pela eutanásia antes de conversar com seu médico veterinário. Temos muitas soluções para o tratamento.
Os gatos podem transmitir a doença para humanos por meio de arranhões, mordidas e contato direto com a lesão.
No homem a doença se manifesta na forma de lesões na pele, que começam com um pequeno caroço vermelho, que pode virar uma ferida. Geralmente aparecem nos braços, nas pernas ou no rosto, às vezes formando uma fileira de carocinhos ou feridas. Como pode ser confundida com outras doenças de pele, o ideal é procurar um dermatologista para obter um diagnóstico adequado.
É possível que um gato doente contamine outros animais que convivem no mesmo ambiente, como uma casa, quintal ou apartamento.
E por último, mas não menos importante, os animais mais suscetíveis a pegar a doença são aqueles que vivem em ruas, ou semidomiciliados (aqueles que vão dar a famosa “voltinha” e retornam pra casa). Também cuidado ao introduzir novos animais em casa que já contenham alguma lesão não detectada pelo médico veterinário.
A prevenção é a melhor solução!