Muitos tutores estão preocupados sobre a epidemia de Esporotricose que está tendo no Rio de Janeiro e perguntam sobre a chance de seus gatinhos ficarem doentes. O intuito deste artigo é orientar e tranquilizar acerca desta doença.
A Esporotricose é uma doença causada por um fungo, o Sporotrix, que habita a natureza (solo, palha, vegetais e madeira) e em animais contaminados. A doença para ocorrer precisa de ferimentos com material contaminado, ou seja, o gatinho precisa se ferir com o material que esteja com o fungo. Exemplo: o gatinho se machuca com um espinho ou farpa que esta com o fungo, ou briga com outro gatinho que está doente de Esporotricose.
O ser humano pode pegar essa doença diretamente da natureza também sem ser através do contato com gatinhos doentes através de ferimentos com espinhos, farpas e materiais contaminados com o fungo. É um fungo que tem no mundo todo, porém, é mais comum em lugares com clima quente.
Após o fungo entrar dentro da pele do animal demora entre dias podendo chegar a 3 meses até aparecer as lesões na pele. Se manifesta com feridas nodulares (elevadas) avermelhadas principalmente em focinho, cabeça e pontas de orelhas, pode também ter lesões em olhos e boca e rabo.
Caso observe feridas em seu animal leve-o imediatamente ao médico veterinário, lave com cloro e agua fervente panos e utensílios usados por seu gatinho e use luvas para manusear seu mascote, principalmente se você tiver lesões nas mãos, dedos e unhas. Não aproxime o gatinho no seu rosto.
O tratamento dos animais doentes são com antifúngicos e outros medicamentos prescritos pelo médico veterinário, apesar de ser longo é extremamente eficaz e não é tão caro.
Caso perceba lesões no seu corpo ou de algum familiar procure um médico imediatamente e lembre-se de avisar ao médico que teve contato com objetos que podem transmitir a doença. Vale lembrar que em seres humanos é raro a doença, acontece mais em pessoas imunosuprimidas (com a imunidade baixa). No Espírito Santo a doença é rara.
Prevenir a doença no seu gatinho é sempre melhor. Evite que ele tenha acesso a rua, mantendo o sempre dentro de casa (ambientes limpos constantemente não tem o fungo), evite que ele tenha contato com outros gatinhos desconhecidos mesmo que não aparentem ter a doença (lembrem se o animal pode estar com o fungo incubado e não ter aparecido os sinais da doença ainda). Mantenha o animal em ambientes limpos sem contato com madeiras, terras e vegetais.
São simples ações que vão prevenir que seu gato fique doente de Esporotricose e várias outras doenças, e na dúvida leve seu bichano ao médico veterinário de sua confiança para uma consulta.
Cães podem pegar o fungo, apesar de ser mais raro.
Por Dra Patrícia Ribeiro de Oliveira – Médica Veterinária das clínicas Mvet Popular (27) 3011-1437 e Climev Laranjeiras (27) 3338-7266.
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