Estação de Reis Magos vai dobrar para melhorar abastecimento de água na Grande Serra Sede

Na última sexta-feira (22), o presidente da Companhia Espírito-santense de Saneamento (Cesan), Munir Abud, confirmou que a Estação de Tratamento de Água (ETA) de Reis Magos vai dobrar sua capacidade para melhor atender à grande região da Serra Sede. Segundo Munir, além da expansão, espera-se modernizar os processos de tratamento da água para fornecer mais água e de melhor qualidade.

A ETA de Reis Magos foi inaugurada em 2017 com uma capacidade de tratamento de 500 litros por segundo, um volume que é suficiente para abastecer uma população de aproximadamente 150 mil pessoas. Essa água é direcionada para a região da Serra Sede, que inclui cerca de 30 bairros, de Campinho da Serra em direção ao norte.

No entanto, o crescimento populacional da Serra segue em ritmo acelerado. Além disso, as mudanças climáticas têm acarretado desafios de abastecimento, uma vez que o ciclo hidrológico das chuvas está alterado, resultando em meses de estiagem. Durante esses períodos, o rio Reis Magos apresenta baixo volume, intercalado por episódios de chuvas rápidas e intensas que trazem alta sedimentação para o manancial.

Segundo Munir, a intenção é que seja construída uma segunda estação anexa a estrutura já existente, para que a ETA de Reis Magos passe a produzir 1000 litros de água tratada por segundo.

“Já possuímos uma licença de extração de até 1.000 litros por segundo; a ETA de Reis Magos foi projetada para tratar até 500 litros por segundo. Portanto, temos a expectativa de ampliar. Na prática, vamos dobrar a capacidade da estação. Os processos já estão em andamento, e o projeto para contratação da expansão da estação de tratamento de água anexa à ETA de Reis Magos está sendo elaborado”, disse Munir.

O presidente não entrou em detalhes sobre os prazos, pois os estudos ainda estão em fase de elaboração. Munir também mencionou as recentes obras de modernização da ETA V em Jardim Limoeiro, que trouxeram melhorias focadas no tratamento de água para evitar que seja distribuída com altos índices de turbidez durante períodos de chuvas intensas. Foram investidos R$ 65 milhões nessas obras.