A ‘novela’ do funcionamento do Hospital Materno Infantil da Serra, em Colina de Laranjeiras, finalmente ganhou prazo para seu capítulo final. Acontece que o Governo do Estado assumiu, neste mês de dezembro, a gestão da maternidade. Ao contrário do que vinha sendo anunciado pela Prefeitura da Serra, a transferência do patrimônio ainda não tinha sido efetivada por falta de licenças necessárias – que são de responsabilidade do Município. Agora, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) definiu que os atendimentos devem começar até abril de 2021.
O hospital – construído pela Prefeitura da Serra, com recursos próprios e do Governo Federal – foi inaugurado há três meses. A previsão era atender oito mil gestantes por mês, mas até hoje a maternidade não realizou um parto sequer. No momento, a obra passa por uma vistoria do Estado, para avaliar se a construção “está em conformidade com o perfil que foi desenhado”. A expectativa é que a abertura da unidade hospitalar seja realizada no primeiro quadrimestre de 2021.
Conforme já noticiado anteriormente, o desejo de entrega do Município ao Estado ocorreu por conta do custo anual que o hospital irá gerar. Serão aproximadamente R$ 100 milhões – valor este semelhante ao gasto total para construção do Materno Infantil. Desde antes da finalização das obras, havia dúvidas de como a gestão de Audifax iria colocar a maternidade para funcionar. Por isso, o Município propôs ao Governo do Estado para que a gestão do novo hospital fosse estadualizada. O pedido foi aceito pelo governador Renato Casagrande (PSB).
A gestão do Materno Infantil será feita pela Associação Evangélica Beneficente Espírito Santense (Aebes). A empresa é a mesma responsável pela gestão do Hospital Dr. Jayme dos Santos Neves, em Morada de Laranjeiras. Dessa forma, a maternidade será integrada ao “Complexo Hospitalar Dr. Jayme dos Santos Neves”, composto pelo hospital em Morada, e agora, também pela nova unidade.
A contratação de funcionários também será feita pela Aebes, mas ainda não há data para que o processo seletivo seja iniciado. Também não se sabe a quantidade de funcionários que serão necessários. No entanto, a Secretaria Municipal de Saúde havia dado uma previsão de 500 contratações. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde as vagas só serão divulgadas em “momento oportuno”, pela própria Associação Evangélica.
O TEMPO NOVO noticiou no dia 23 de novembro deste ano que a Prefeitura da Serra havia sido desmentida pelo Governo do Estado. Acontece que a administração municipal informava que o hospital já tinha sido assumido pela gestão do governador Renato Casagrande (PSB) há meses, o que não era verídico. O chefe do Executivo estadual havia apenas assinado um termo de intenção para transferência de patrimônio.
Segundo nota divulgada pelo Governo do Estado, apesar da obra ter sido concluída pelo Município, faltavam diversas licenças para concretizar, de fato, a transferência, além de adequações estruturais que teriam que ser feitas na estrutura. Também foi preciso comprar equipamentos e mobiliários. Quando a matéria foi divulgada, a prefeitura se defendeu e insistiu que a transferência já tinha ocorrido.
Em matéria publicada no dia 29 de setembro, o atual secretário municipal de Saúde, Alexandre Viana, havia informado que a prefeitura já tinha entregue o hospital ao Estado, que iria iniciar o atendimento à população ainda este ano, o que não vai acontecer.
“A Prefeitura da Serra fez a entrega da obra ao Governo do Estado, que vai iniciar o atendimento à população ainda este ano. Vale ressaltar, que o Hospital Materno Infantil vai seguir a Política do Parto Humanizado, que significa que a mulher será acolhida, terá garantido o direito de ser acompanhada por um familiar, que ficará ao lado dela e do bebê oferecendo conforto e segurança durante todo o tempo”, disse o secretário em setembro.
No próprio site da prefeitura, uma publicação oficial feita no dia 14 de agosto dizia: “Serra vai inaugurar Hospital Materno Infantil“. No entanto, o texto não explica sobre a transferência de patrimônio e nem cita um prazo para a inauguração.
O hospital, que recebeu o nome de Maria da Glória Merçon Vieira Cardoso, vai atender 8.700 gestantes por ano e realizar 725 partos por mês. Mulheres e crianças da Serra, de outros municípios capixabas e até de estados vizinhos, como Bahia, vão ser atendidas. O nome foi escolhido por meio de enquete popular realizada no site da Prefeitura da Serra.
Sobre como será o funcionamento geral da maternidade, não há informações. A área do Hospital Materno Infantil é equivalente ao tamanho de dois campos e meio de futebol. A estrutura é composta por três pavimentos distribuídos em assistência materno-infantil e serviços de apoio diagnóstico e terapêutico. Vale lembrar que essa é a maior obra pública da Serra.
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