Vivendo uma terceira onda da pandemia causada pelo coronavírus, o Espírito Santo está com seu sistema de saúde sobrecarregado e à beira do colapso. Com isso, a falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para atender pacientes acometidos pela Covid-19 pode sair da probabilidade e se tornar uma dramática realidade aos capixabas. Prova disso é que o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), estuda adotar protocolo para escolher quem ‘vive e quem morre’ caso não tenha mais leitos disponíveis nos próximos dias.
A medida ainda não saiu do papel, mas pode ser adotada nas próximas semanas se a taxa de ocupação do Espírito Santo – que atualmente está em 95% – continuar subindo a atingir os 100% de lotação. Um documento obtido pelo Jornal ESTV 1° Edição, da Rede Gazeta, mostra que pacientes que tiverem poucas chances de viver não devem ser colocados em leitos para que o espaço seja utilizado por quem teria mais probabilidade de recuperação.
De acordo com a Secretaria de Saúde, a medida ainda não está sendo utilizada, pois há leitos disponíveis em hospitais do ES. Entretanto, confirmou que este protocolo está sendo estudado. De acordo com médicos que atuam em UTIS, uma situação parecida, ou seja, atender quem teria mais chances e evitar pacientes com morte iminente, já vem sendo feita por ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
No documento – ao qual a reportagem também teve acesso – diz que em caso de falta de leitos devem ser evitados pacientes criticamente enfermos, mas com probabilidade reduzida de sobrevida pela doença. Também afirma que não devem ser encaminhados para UTIs pacientes com morte iminente, doença preexistente grave avançada com sinais de terminalidade, desejo prévio contrários a UTI e VMI (intubação) e paciente em boas condições clínicas.
Já pacientes criticamente enfermos, sem limitações para intervenções, instáveis que necessitam de cuidados de terapia intensiva e monitoração devem ser priorizados para o cesso aos leitos.
Conforme informado anteriormente pelo TEMPO NOVO, o Espírito Santo está vivendo sua pior fase da pandemia causada pelo coronavírus. No Dório Silva, após a ampliação de leitos ocorrida neste fim de semana, a taxa de ocupação caiu da casa dos 90% para 66,96%. Já no Hospital Dr. Jayme dos Santos Neves, a ocupação de leitos para pacientes com Covid-19 está em 91,72% e a situação é mais preocupante.
Segundo os dados mais recentes publicados no Painel Covid-19, a Serra já registra, no total, 46.101 pessoas que foram infectadas, 849 mortes e 44.305 moradores considerados recuperados da doença. Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde, existem outros 38.275 moradores do município que podem estar infectados pelo coronavírus. No momento, eles aguardam o resultado dos testes já realizados.
O Espírito Santo tem, no total, 374.215 confirmações, 7.278 mortes e 345.632 curados.
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