Professores do estado receberão bônus desempenho no dia 29 de julho junto ao pagamento do mês. É o que anunciou o Governo na tarde desta terça (07). O investimento será de R$ 35 milhões e 20.880 profissionais em todo estado.
O Bônus Desempenho foi criado em 2010 e paga anualmente um valor em dinheiro aos profissionais que atuam na educação, conforme os indicadores coletivos e individuais do professor.
As informações são da assessoria do governo do Estado, que explicou que o objetivo é estimular e valorizar os profissionais que atuam na educação. Poderá ser pago o equivalente a um salário do profissional, proporcional à avaliação do desempenho do mesmo.
Os professores, apesar de contentes com o extra, criticam o projeto. “Tem professor trabalhando doente para não perder o bônus. Já houve quem trabalhasse com conjuntivite e até com pulso imobilizado, só para não pegar atestado. Fora que meus abonos e os dias que fiquei como voluntário do TRE serão descontados”, desabafa Arisvan Oliveira.
Fabíola Demonel acha que não mede a qualidade do trabalho. “Você tem que ser um robô onde não tenha problemas de saúde, familiar e emocional”, explica.
Segundo o diretor do Sindicato dos Professores e Trabalhadores da Educação (Sindiupes) Gean Carlos Nunes, o abono não é o que a categoria quer. “Queremos ganho real no salário, bônus acumulativo e vitalício”, afirma.
Professores que estiveram afastados no período de avaliação por licença médica ou maternidade não receberão o bônus, pois é preciso ter estado presente em dois terços do período de avaliação para ter direito ao benefício.
Avaliação
Para determinar os valores que serão pagos, são levados em conta critérios como o desempenho dos alunos no Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo (Paebes), o nível socioeconômico da família onde está situada a escola e o nível de ensino de seus estudantes. Outros pontos avaliados serão a frequência do professor.