Mesmo com a explosão nos casos de Dengue em todo o Espírito Santo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) não sabe dizer o motivo ou quais seriam as possíveis causas para este aumento tão alarmante. Só este ano, a Serra já registrou mais de seis mil casos confirmados da doença, no mesmo período de 2018, eram apenas 334.
Mas o aumento não é só no município da Serra. O último boletim divulgado pela Sesa, mostra que foram notificados 22.677 casos de dengue em todo o estado. A Serra está entre as 09 cidades com alta incidência acumulada das quatro últimas semanas epidemiológicas. Além disso, o município é o único da Grande Vitória a aparecer nesse ranking.
Para entender melhor as possíveis causas deste aumento, o TEMPO NOVO procurou a Secretaria de Estado da Saúde com as seguintes perguntas: “como a Secretaria de Saúde do ES explica esse aumento nos casos e quais são as possíveis causas para este crescimento?”. Alguns minutos depois, por telefone, uma assessora disse que a Sesa não podia responder estas perguntas e não sabe o motivo do aumento nos casos.
Questionada novamente pela reportagem, a assessora insistiu que a Sesa não iria responder essas perguntas e sugeriu que o TEMPO NOVO entrasse em contato com a Prefeitura da Serra para que o município esclareça essas dúvidas.
A reportagem conversou com o diretor do Centro de Vigilância Ambiental em Saúde, Gilberto Mário dos Santos, que explicou algumas das razões para o aumento nos casos. De acordo com Gilberto, a dengue tem quatro variações de sorotipo e o tipo 2 não era visto no estado havia mais de 10 anos. Como a população não estava tendo contato com o vírus, ela ficou mais suscetível para contrair a doença. “As chuvas que tivemos e a chegada do tipo 2 da dengue são alguns dos motivos para este aumento nos casos da doença. Esse é o tipo mais grave da doença e o que causa mais complicações, mas não era visto no estado havia muito tempo. Com isso, muitas pessoas estão tendo contato com o vírus pela primeira vez”, explica.
Gilberto acrescenta que o município segue com o risco de uma epidemia. “A Serra ainda está em alerta máximo. Essa fase de alerta antecede uma epidemia ou surto; então, estamos trabalhando para combater o avanço da doença. O combate ao mosquito transmissor foi intensificado desde dezembro, quando percebemos através das nossas armadilhas a presença do tipo 2. Se não tivéssemos feito isso, a situação estaria muito pior”, disse.
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