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Estado termina licitação e obra do Aristóbulo Barbosa Leão deve começar ainda neste ano

Perspectiva divulgada pelo governo anterior de como deve ficar o Novo Aristóbulo Barbosa Leão. Foto: Divulgação / Sedu

Após gastar mais de R$ 12 milhões e demolir o antigo prédio do Aristóbulo Barbosa Leão (ABL), em Parque Residencial Laranjeiras, o Governo do Estado anunciou que vai iniciar a nova obra da escola ainda este ano. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, a construção já foi licitada e a ordem de serviço será assinada “em breve”. A obra, que começou em 2012, foi abandonada dois anos depois: em 2014. Desde então, o Estado já fez diversas promessas de retomada da construção, mas nenhuma saiu do papel.

O TEMPO NOVO questionou o Estado sobre prazos para início e término da obra, sobre os valores que serão investidos e qual era a empresa vencedora da licitação, mas a Secretaria de Educação preferiu não responder. Informou apenas, por meio de nota, que “a Ordem de Serviço para início das obras será assinada em breve”. Acrescentou ainda que a licitação foi finalizada e o documento será assinado nos próximos dias.

No ano passado, a reportagem teve acesso a uma parte do projeto de construção do novo Aristóbulo. No documento, que foi entregue para alunos do ABL, está planejado que a nova escola contará com 24 salas de aula comuns, um laboratório de informática, um laboratório comum, biblioteca, Centro de Idiomas, sala de dança, sala de música, quadra esportiva, duas miniquadras e um auditório.

Em uma reunião feita com alunos da escola no final de maio de 2019 , o subsecretário de Suporte à Educação, Aurélio Meneguelli Ribeiro, afirmou que a obra deve ficar pronta dois anos após o início da construção. Ainda em 2019, a assessoria de imprensa da Sedu tinha informado ao TEMPO NOVO que a construção custaria R$ 17 milhões, mas o valor pode ter mudado, pois dependia do término da licitação.

A ‘novela’ é longa e já custou mais de R$ 12 milhões…

O prédio do ABL, em Laranjeiras, tem 41 anos e começou a ser reformado em 2012. O custo divulgado na época era de R$ 9 milhões e a reforma deveria ter sido entregue em julho de 2014. No entanto, as obras foram paralisadas naquele ano. O motivo, de acordo com o Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo (Iopes), é que a empresa contratada para executar o serviço faliu e abandonou o trabalho. Com a reforma, que não foi concluída, o gasto chegou aos R$ 6 milhões.

Logo no início das obras, em 2012, os alunos foram levados para um espaço provisório onde funcionava uma faculdade, em Jardim Limoeiro, ao lado do cruzamento entre as rodovias Norte-Sul e ES-010. Ao longo desses anos, o prédio vem sendo motivo de queixas e protestos de estudantes, que alegam falta de estrutura. Dentre eles, espaço precário para educação física, ausência de ar-condicionado, ventiladores e parte elétrica com problemas constantes, além dos riscos de assaltos nas redondezas.

O espaço alugado em Jardim Limoeiro custa cerca de R$ 80 mil (de aluguel) por mês aos cofres públicos. Em 2018, o valor do aluguel era de R$ 78 mil mensal. Após uma longa busca no Portal da Transparência, o TEMPO NOVO constatou que o contrato de aluguel firmado em 2019 foi no valor total de R$ 885.967,06. Neste ano, a reportagem não teve acesso ao contrato. Ao todo, até 2019, foram gastos cerca de R$ 5 milhões somente com aluguel, enquanto se aguarda a obra da nova escola em Laranjeiras.

Enquanto as obras não andavam, o prédio do ABL, em Laranjeiras, ficou abandonado por quatro anos e foi demolido pelo Governo do Estado no final de 2018. Na época, o então secretário da Educação, Haroldo Rocha, afirmou que o espaço estava sem ‘boas condições’ para continuar a reforma. A demolição custou R$ 290,7 mil.

Questionado pela reportagem sobre os valores gastos nas obras e os atrasos, Haroldo sugeriu pensar positivo e prometeu que a obra estaria licitada até o final de 2018, o que não aconteceu.

Vale lembrar que foi demolido somente o prédio principal da escola, onde aconteciam as aulas. Foram mantidas da estrutura atual a cozinha e as áreas de apoio, o refeitório coberto, as área de serviço, o vestiário, o auditório e a quadra poliesportiva.

Somando os valores da reforma não concluída, dos aluguéis pagos e da demolição, o Governo do Estado já gastou cerca de R$ 12 milhões com a escola que ainda não está pronta. O valor ainda deve aumentar, já que, por enquanto, a obra está só no papel.

Gabriel Almeida

Jornalista há mais de 10 anos, Gabriel Almeida atua como editor-chefe e repórter. Escreve com experiência para diversas editorias do portal. Além disso, assina a importante coluna: o Serra Empregos, destinado a divulgação de oportunidades.

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