Bruno Lyra
Mais uma vez o Espírito Santo enfrenta um verão seco, que vem agravando os efeitos da pior estiagem já registrada no Estado, onde desde 2014 as chuvas estão abaixo da média.
O resultado é que a Cesan não descarta o retorno do rodízio no abastecimento de água na Grande Vitória, cujos rios já estão com vazão muito baixa. No caso do rio Santa Maria, que atende a Serra, parte de Vitória, parte de Cariacica e Praia Grande em Fundão, a vazão na última quarta-feira (26) estava em 2, 6 mil litros por segundo. Quase 1/3 abaixo do nível crítico de 3,8 mil litros.
No ponto onde a Cesan capta água, na região do Queimado na Serra, o rio já parou de correr para a baía de Vitória. Repetição do cenário visto ao longo de 2015 e 2016, onde a Companhia de Saneamento passou a retirar praticamente toda a vazão do rio, não deixando a água doce alimentar os manguezais do Lameirão, gerando impactos ainda não mensurados no ecossistema da região.
E a situação só não é pior porque o manancial conta com uma represa, a de Rio Bonito, nas montanhas de Santa Maria de Jetibá. Feita originalmente para gerar eletricidade, a represa passou a priorizar o armazenamento de água para a Grande Vitória desde o agravamento da crise da água no início de 2015. Isto por determinação do Governo Estadual.
Segundo a assessoria de imprensa da Cesan, na tarde de ontem (26) a represa estava com 67% da capacidade total de 27 bilhões de litros, o que garante alguma folga para as regiões atendidas pelo Santa Maria.
O sinal de colapso no Santa Maria já vem sendo dado há pelo menos duas décadas. Então o Governo do ES e a Cesan resolveram antecipar o projeto de captação no rio Reis Magos em Putiri, região rural da Serra. A obra está cerca de 80% pronta e conforme a Cesan, deve fornecer mais 500 litros por segundo para a cidade até o fim do 1º semestre.
Hoje são captados cerca de 2,5 mil litros por segundo no Santa Maria.
Situação do Jucu também preocupa
Apesar de estar com vazão maior (6,7 mil litros no dia 26/01), a situação do rio Jucu é mais preocupante. Além de ter uma demanda maior de água – a captação no rio é superior a 3,5 mil litros por segundo, para atender uma população de cerca de um milhão de pessoas – o Jucu não tem represas de grande porte.
O rio atende Vitória (a parte da ilha), toda Vila Velha, a maior parte de Cariacica e Viana. O Governo e a Cesan anunciaram a construção de uma represa de 20 bilhões de litros no manancial, nas montanhas entre Viana e Domingos Martins.
Segundo a assessoria da Cesan, o projeto já está concluído. Mas não deu mais informações sobre o mesmo à reportagem, apenas de que opções de locais estão ainda em estudo. Também não foi revelada quando a obra deve sair do papel.
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