Nos próximos dias 16 e 17 de agosto, estudantes de ensino fundamental da rede pública de diversos municípios, inclusive da Serra, terão a oportunidade de receber atendimentos oftalmológicos gratuitamente, por meio do programa De Olho no Futuro – Dr. Ubirajara Moulin de Moraes.
Desenvolvido pelo Instituto Unimed Vitória, o programa tem como propósito aumentar o rendimento escolar e diminuir a evasão, muitas vezes causados por problemas de visão não identificados. A meta deste ano é atender mais 3.500 alunos.
A ação não é de livre demanda. É direcionada para os estudantes das instituições que receberão o programa.
Além da Serra, os atendimentos serão realizados também em Aracruz, Cariacica, Guarapari, Viana, Vila Velha e Vitória.
No município, o atendimento acontecerá no dia 16 de agosto, na EMEF Altair Siqueira Costa, em Jardim Limoeiro.
Já no dia 17, é a vez da EMEF Aureníria Correa Pimentel, em Novo Horizonte, receber o programa.
As consultas são realizadas dentro de um ônibus itinerante totalmente equipado para fazer os exames.
“No dia do atendimento a criança escolhe a armação e são tiradas as medidas. O material é enviado para o laboratório, que confecciona as lentes adequadas de acordo com a prescrição médica”, detalha a coordenadora socioambiental do Instituto Unimed Vitória, Milene Mello.
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Os óculos serão entregues aos estudantes em até 30 dias. Depois disso, o De Olho no Futuro continuará acompanhando o desempenho desses alunos por meio da psicopedagoga do programa. Ao todo, oito médicos estão envolvidos nos atendimentos.
A equipe que faz o cadastro e a triagem dos alunos é voluntária, e composta por colaboradores da Unimed Vitória, amigos, familiares e clientes.
Mais de 14 mil alunos com dificuldades visuais já foram atendidos desde o início do programa, em 2003.
O De Olho no Futuro – Dr. Ubirajara Moulin de Moraes é realizado pelo Instituto Unimed Vitória e Unimed Vitória; com patrocínio do Sistema OCB/ES e do Sicoob; e parceria com a Renovatio e Ver Bem Óculos.
Rendimento escolar
No Brasil, os dados epidemiológicos disponíveis mostram que os problemas de visão que podem ser corrigidos são expressivos e interferem no rendimento escolar das crianças e jovens.
De acordo com estudo apresentado pela Revista da Associação Médica Brasileira, 75% dos casos mostram que crianças com baixa acuidade visual apresentam rendimento escolar e notas piores que as demais, e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% das crianças em idade escolar apresentam algum tipo de deficiência visual e, muitas vezes, esse problema passa despercebido pela família e escola, e acaba interferindo diretamente no aprendizado do aluno.
“As patologias da visão, em sua maioria, são passíveis de correção por meio do uso de óculos. As ações do programa se encaixam nesse contexto para apoiar a redução do número de crianças e adolescentes com problemas de visão e contribuir, dessa forma, para a redução das dificuldades de aprendizado geradas por essas situações”, salienta Milene.