Terceiro tipo de neoplasia maligna mais comum no Brasil, o câncer colorretal tem aumentado no País. Segundo uma análise do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, a doença apresentou um aumento de 80,3% no número de casos entre os anos de 2015 e 2023.
O estudo, intitulado “Câncer Colorretal na Saúde Suplementar: tendências e desafios”, destacou os principais números da evolução do câncer colorretal entre beneficiários de planos de saúde.
Em 2015, foram registrados 1.954 diagnósticos; já em 2023, esse número saltou para 4.465, um aumento de 80,3%.
Segundo a médica oncologista Virgínia Altoé Sessa, os principais fatores relacionados ao risco de desenvolver câncer colorretal referem-se a hábitos do dia a dia que podem ser evitados. “Consumo exagerado de alimentos processados, alimentação pobre em fibras e tabagismo são hábitos nocivos que favorecem o surgimento desse tipo de tumor”, explicou.
Apesar de a doença ser mais prevalente em pessoas com mais de 60 anos, houve um aumento significativo entre jovens de 20 a 39 anos, e adultos de 40 a 59 anos.
“A idade é um dos fatores de risco para o câncer colorretal, mas nós não podemos mudar essa condição, por isso é importante focar nas medidas de prevenção. Infelizmente, não há uma forma 100% eficaz de evitar a doença, mas quanto antes a pessoa adota hábitos saudáveis de vida, menores são as chances de desenvolver câncer, colorretal ou de outro tipo”, alertou a médica.
COLONOSCOPIA
A prevenção do tumor maligno colorretal também é possível por meio da realização regular do exame de rastreio. “A colonoscopia é o exame mais eficaz, capaz de detectar pólipos intestinais, que podem vir a se tornar câncer, mas por meio do procedimento podem ser identificados e removidos antes de apresentarem malignidade”, esclareceu a oncologista Virgínia Altoé Sessa.