Um estudo amplo feito pelo Instituto Trata Brasil, organização da Sociedade Civil de Interesse Público sediada em São Paulo, demonstrou o quão significativo para a melhoria da qualidade de vida das pessoas são os investimentos em saneamento básico.
Uma das principais conclusões do estudo realizado pelos especialistas do instituto, foi que de 2005 até 2021 à medida em que o percentual de população com acesso a coleta de esgoto saltou de 30,1% para 60,5% de uma forma geral no estado, a taxa de internação por doenças de veiculação hídrica ou respiratórias passou de 6 para 1 caso a cada mil pessoas, ou seja, uma redução de 84% nestes tipos de doenças.
O estudo comprova o que já é percebido no cotidiano das cidades: quem não dispõe de atendimento de saneamento costuma ficar mais doente, e isso afeta a toda família. É comum que as mães percam dias de trabalho; as crianças não vão bem na escola, pois faltam muito e não conseguem acompanhar o ritmo das aulas; os imóveis têm menor valor; o turismo é prejudicado.
Com a meta de antecipar a universalização dos serviços de saneamento no Espírito Santo para torná-lo referência no País, a Companhia Espírito-santense de Saneamento (Cesan) viabilizou investimentos em água e esgoto que vão totalizar quase R$ 400 milhões. Os recursos são oriundos de empréstimos provenientes da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), e serão destinados a mais de 20 obras em todo o Estado.
“Universalizar o saneamento é dar acesso à população aos serviços de água tratada e coleta, e ao tratamento de esgoto sanitário, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e com o desenvolvimento da economia local, além da preservação dos nossos recursos naturais, como rios, mares, lagoas e florestas”, salienta o diretor presidente da Cesan, Munir Abud de Oliveira.
O Programa de Investimentos da Companhia inclui também mais R$ 11 bilhões, que vão viabilizar obras de esgotamento sanitário, de tratamento de água, entre outras ações. Ainda segundo Munir Abud, ao adiantar as obras, por meio desse recurso, a companhia terá maior capacidade de investir na Região Metropolitana da Grande Vitória e, com isso, a meta de universalização do saneamento nessa região, antes prevista para 2027, deve ser adiantada para 2026.
“Estamos tirando a Companhia Espírito-santense de Saneamento da zona de conforto e acelerando as metas da universalização do saneamento básico”, garantiu Abud. Ele acrescentou que outra meta da gestão da Cesan é implementar o Programa de Parcerias Público-Privadas (PPP), que, atualmente, está sendo estruturado.
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