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EUA taxa aço em 25% e pode prejudicar economia serrana

Produção de aço na ArcelorMittal Tubarão: 12,5% da produção da siderúrgica instalada na Serra vai para o mercado norte-americano, segundo o Instituto Aço Brasil. Foto: Arquivo TN / Bruno Lyra

Clarice Poltronieri

O aumento da taxa de importação do aço para 25% nos Estados Unidos, anunciado ontem (08) pelo presidente Donald Trump deve impactar a economia da Serra e do Espírito Santo.

Isso porque uma das maiores empresas do Estado e maior instalada na Serra, a ArcelorMittal Tubarão, exporta cerca de 12,5% de sua produção para os Estados Unidos. Outra gigante do estado, a Vale, também pode ser impactada, visto que é a principal fornecedora de minério de ferro para a produção da Arcelor e, caso as exportações de aço sejam atingidas, a demanda pela matéria-prima vendida pela mineradora pode cair.

A nova taxação sobre o aço brasileiro já entra em vigor no próximo dia 23. E o impacto na Serra pode ir muito além das atividades da Arcelor e Vale, que tem parte de suas operações em Tubarão, na Serra. Isto porque há uma série de outras empresas e indústrias que fazem parte da cadeia produtiva das duas gigantes e estão instaladas na cidade.

A reportagem ouviu o 1°vice-presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), José Carlos Zanotelli, um pouco antes da confirmação do aumento da taxa.

“Existe uma preocupação muito grande dos produtores de aço, mais da Arcelor que exporta o aço, mas também da Vale, que produz a pelota de minério. Vai ter impacto, mas acredita-se que a médio prazo, de um a dois anos, e deve ser mitigado pelo crescimento da economia mundial. A preocupação maior é com a proteção da indústria local e recuperação da economia”, analisa.

A redação entrou em contato com a assessoria de imprensa do Instituto Aço Brasil, Arcelor e Vale para tentar dimensionar os possíveis impactos na economia capixaba com a aprovação da medida americana.

A assessoria do Instituto Aço Brasil enfatizou que o Brasil vai recorrer. Explicou que a taxação de 25% já é uma redução da proposta inicial do governo norte – americano de taxar em 53%, conseguida após a ida de uma missão brasileira ao país. “Mas ainda não atende o que consideramos ser uma relação comercial justa”, afirma nota enviada pelo Instituto. Destacou que os EUA são maior destino das exportações brasileiras de aço.

Já a assessoria de imprensa da Arcelor informou que, por ser uma questão setorial, o pronunciamento oficial seria do Instituto de Aço Brasil. E a assessoria de imprensa da Vale disse que analisaria os questionamentos. Mas não respondeu até o fechamento desta edição.

 

 

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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