Uma ex-aluna da Escola Estadual Clóvis Borges Miguel, que fica em Serra Sede, denunciou o professor de matemática da unidade escolar por assédio sexual. Atualmente, a vítima tem 26 anos e afirmou que sofreu o assédio há dez anos, – época em que estudava no local. O mesmo professor já foi alvo de outras denúncias feitas na semana passada por um grupo de estudantes da mesma escola.
Nesta segunda-feira (1°), a Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, presidida pelo Deputado Delegado Lorenzo Pazolini (sem partido), recebeu mais uma denúncia contra o professor. A jovem conta que estudou na instituição no período entre 2009 e 2011, e neste primeiro ano teve aula com o acusado.
Ela disse ainda que era uma aluna ruim na matéria e que ele se prontificou a ajudá-la, inclusive fora do horário letivo (por meio de Orkut e MSN, na época). E nessas conversas online, o professor a elogiava, dizendo que era muito bonita e tinha uma “boca sedutora”, a convidava para sair e não ensinava a matéria. Além de todos esses diálogos por redes sociais, a vítima conta que o professor também fazia mais elogios e piadas pessoalmente na sala de aula e nos corredores da escola.
Além dessa acusação, a jovem também afirma que uma colega, naquele mesmo ano, também sofreu com as investidas do professor tanto na escola, quanto nas redes sociais. Ela procurou a direção da escola, porém, nada foi feito. Havia relatos na época que era comum alunas ficarem com ele para não serem reprovadas na matéria.
Lorenzo Pazolini afirma que continuará exigindo providências o mais urgente possível. “Nosso compromisso aqui na Assembleia, em especial na Comissão, é não deixar casos de abusos passarem despercebidos. Por isso, é extremamente importante que as vítimas não tenham medo e denunciem”, disse o deputado.
Outras denúncias
Um grupo de alunas da Escola Estadual Clóvis Borges Miguel, que fica em Serra Sede, acusou u, professor da unidade de assédio sexual. As estudantes denunciaram o homem por meio de cartas espalhadas pela escola, mas o assunto ganhou repercussão pelas redes sociais no último dia 25.
No twitter, a hashtag #SuaAlunaNãoÉUmaNovinha ganhou força. As alunas que realizaram as denúncias tiveram a ajuda do ex-deputado federal Jean Willys, que compartilhou a postagem de uma das denunciantes. Ainda na rede social, as estudantes dizem que a direção da escola foi omissa quando recebeu as denúncias.
“Eu tinha 15 anos, como de costume eu estava na escola fazendo atividade e um professor chegou e falou (…) que eu podia dar uma chance para ele, que era pra gente se encontrar fora da escola. Eu estava sendo assediada pelo meu próprio professor dentro da sala de aula. Mas não sabia o que fazer, ele era um professor, e eu só uma aluna, sempre que eu encontrava ele pela escola eu tentava desviar, ele percebeu isso”, disse uma das alunas que usou as redes sociais para realizar as denúncias.
Na carta espalhada pela escola, as alunas disseram que não aguentavam mais os assédios constantes e afirmam o professor chegava a tocar no corpo delas.“Queremos agradecer o quanto você é incrivelmente babaca, escroto, nojento, etc. Em nome da grande parte das meninas da escola declaramos o quão abusado você é”, afirma a carta.
Professor vai depor na Assembleia
Após as denúncias, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos da Assembleia Legislativa (Ales) convocou o profissional acusado para prestar depoimento na próxima terça-feira (2).
De acordo com a assessoria de imprensa da Ales, a decisão sobre a convocação do professor acusado foi tomada depois que duas mães procuraram a Assembleia para apresentar depoimentos à Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente. As vítimas confirmaram as denúncias feitas pelas alunas.
Segundo os depoimentos feitos pelas alunas e suas mães, o professor teria pedido para encontrar as vítimas fora da escola, além de fazer elogios e pedir beijo. “Ele tentava seduzir as vítimas e criava uma situação constrangedora. Há relato em que ele solicitou que uma aluna tocasse o órgão sexual dele sob pretexto de pegar uma régua”, contou Pazolini.
O presidente da Comissão de Educação, deputado Vandinho Leite (PSDB) disse que durante a semana passada enviou servidores à escola para colher informações e solicitou formalmente as atas das reuniões em que as alunas teriam feito as denúncias. “O que a gente viu foi uma tentativa de abafar o caso. O afastamento do professor, inclusive, só aconteceu depois que a imprensa noticiou”, avaliou.
Vandinho leite destacou ainda a preocupação com novos depoimentos que estão surgindo de alunas e ex-alunas do professor acusado e mais: “Já temos informações de que há relatos de abuso praticado por outro professor e que temos também postagens nas redes sociais de novas vítimas da mesma escola e de outras instituições do Estado”.
Sobre os acusados, o presidente do colegiado de Educação foi enfático: “Vamos dar amplo direito de defesa e ouvir todos envolvidos. Eles são obrigados a vir. Vamos cobrar o que a lei determina e uma das ferramentas que podem ser usadas pela CPI é condução coercitiva”, explicou.
As vítimas de assédio podem entrar em contato e agendarem depoimentos à CPI dos Crimes Cibernéticos nos telefones (27) 3382-3590 e 3382-5202.
Suposta omissão da escola será apurada
O deputado Delegado Lorenzo Pazolini (sem partido), que é o presidente da Comissão de Proteção à Criança e Adolescente explicou que as vítimas confirmaram as denúncias feitas por duas alunas nas redes sociais no início da semana. Ainda de acordo com ele, tudo indica que houve omissão da escola, pois os fatos já seriam de conhecimento da diretora e da superintendência desde a semana passada.
“Estamos apurando eventual crime de prevaricação desses agentes que deveriam ter tomado providência e não tomaram. Importante destacar que o professor confirmou esses atos na presença dos pais e nada foi feito”. Ainda segundo Pazolini, a escola teria negado, inclusive a cessão das atas das reuniões. “A mãe tentou obter a ata que é um direito dela e a escola além de negar, teria acionado a guarda municipal e a Polícia Militar”.
O que diz a Sedu
No dia 25 de junho, por nota, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu), informou que “A Superintendência Regional (SRE) de Carapina esclarece que assim que a Direção da Escola tomou conhecimento da situação pela rede social, conversou com as alunas e seus responsáveis e que já está dialogando também com os profissionais citados, no intuito de apurar o suposto assédio.
A Sedu enfatiza que não compactua com este tipo de conduta, por isso que está apurando o fato e que, se for comprovado algum comportamento inadequado de servidor, as medidas cabíveis serão adotadas. A SRE informa, ainda, que em momento nenhum exigiu a retirada das posts”.
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