Os objetos arqueológicos encontrados por meio de uma pesquisa realizada nos arredores do Sítio Histórico do Queimado, onde ficam as ruínas da Igreja de São José do Queimado, palco da maior revolta de escravos do Espírito Santo, estarão em exposição no Museu Histórico da Serra a partir desta sexta-feira (22).
A abertura da exposição ocorrerá às 17h30 e terá palestra com a arqueóloga Sônia Cunha. O título da mostra “Arqueologia no Sítio Histórico do Queimado e Ruínas da Igreja São José do Queimado” mostrará artefatos arqueológicos encontrados no Sítio Histórico do Queimado durante pesquisa realizada no ano passado no local. O estudo foi realizado pela empresa A Lasca Consultoria e Assessoria em Arqueologia e custou R$ 214 mil.
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Foram encontrados na pesquisa pedaços de prato, jarras e azulejos. Parte dos artefatos ficarão no Queimado, quando a restauração das ruínas forem entregues e também numa sala do Museu Histórico da Serra.
O Museu Histórico fica na rua Cassiano Castelo, 22, Serra Sede que funciona de segunda a sexta das 9 às 17h. A entrada é franca.
Sobre a revolta
Em 19 de março de 1849, o então distrito do Queimado foi palco da maior revolta de escravos do Espírito Santo. Liderada pelos negros Chico Prego, Elisiário Rangel, Carlos, Domingos e João da Viúva, a Insurreição do Queimado ocorreu após o frei Gregório Maria de Bene não conseguir a prometida liberdade aos escravos que ajudaram na construção da igreja local. Chico, Carlos, Domingos e João foram presos pela polícia da província e mortos. Elisiário fugiu para as matas do Mestre Álvaro e nunca mais foi visto. Já Chico Prego, é considerado o mártir da revolta, ele foi executado no dia 11 de Janeiro de 1850, na praça onde hoje se tem uma estátua dele, como lição de exemplo para os demais. Chico Prego também dá nome a lei de incentivo a cultura da cidade da Serra.
Historiadores contam que naquela manhã de 11 de Janeiro de 1850, a Vila da Serra presenciara um dos mais cruel e brutal castigo já registrado na história da Província do Espírito Santo. Depois de longo sofrimento na prisão, “Chico Prego” viajou a pé de Vitória à Serra para satisfazer o egoísmo selvagem e hediondo daqueles que por capricho se deleitam nos seus feitos de heroísmo desumano.
Disse o historiador Afonso Cláudio de Freitas Rosa: “era de admirar tanta resistência física num ser de carne e osso”. Escorraçado a quase um ano na enxovia de um cárcere, ainda trajando a mesma roupa que usara no dia 19 de Março do ano anterior (dia da insurreição do Queimado), Chico Prego marchou sereno e solicito, adentrando pela noite do dia 10 de Janeiro, amanhecendo na Serra no dia seguinte para receber a sua execução no cadafalso.
Antes, porém, houve um séquito de ostentação perversa. Seguiram-no em procissão pelas principais ruas da vila, para fazer uma apologia daquela justiça cega e impiedosa. Pois Chico Prego foi, sem sombra de dúvidas, um mártir como fora “Tiradentes”, morreu pela liberdade de seu povo.
Naquele tempo, na Serra, havia um delegado de polícia, de espírito sanguinário: Antônio das Nevei Teixeira Pinto, que além de ter trucidado muitos escravos inocentes, no embate de captura aos fugitivos da rebelião do Queimado, após a execução do condenado, pelo carrasco, o famoso delegado arrebentou-lhe o crânio e destroçou-lhe os membros a pauladas, como arremate de sua “gratidão”.
Segundo relatos, todo esse desfecho se deu na antiga Praça da Matriz, hoje Praça Barbosa Leão. Pois, junto à Igreja estavam estabelecidos os órgãos jurisdicionais da Vila da Serra.
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