O suposto crime ambiental que vitimou milhares de peixes na Lagoa de Carapebus segue dominando a pauta ambiental da Serra. Dessa vez, o vereador eleito e morador da região, Anderson Muniz, conversou com a reportagem do jornal TEMPO NOVO e denunciou que algumas elevatória da Cesan/Ambiental Serra não estão funcionando. Segundo ele, isso poderia ser um dos motivos para a mortandade na lagoa e também pode ocasionar em cenas semelhantes em outros mananciais.
As elevatórias são construídas com o objetivo de bombear o esgoto das partes mais baixas e carreá-los até as estações de tratamento mais próximas. Quando esses equipamentos não estão funcionando, o esgoto acaba descendo de volta e extravasando para os mananciais atingindo as bacias e micro bacias da região.
É o que pode ter acontecido na Lagoa de Carapebus, de acordo com o vereador Anderson Muniz, que esteve em uma ação de fiscalização e identificou pelo menos duas elevatórias sem funcionamento.
“Muito se fala sobre moradores jogarem esgoto, mas pouco se fala da má qualidade do serviço prestado pela Cesan. A bomba das elevatórias que eu fiscalizei não estão funcionando e ocorre o extravasamento e atinge a lagoa. Antes de responsabilizar a população, devemos responsabilizar a empresa, pois pagamos uma taxa de 80% a mais na conta de água”, disse o parlamentar.
Em vídeo, o vereador mostrou um PV da Cesan no final da rua Noemi Costa Dominguez em Praia de Carapebus, do qual mostra esgoto transbordando e caindo na Lagoa do Baú, vizinha a Lagoa de Carapebus.
“Essa situação em Praia de Carapebus é muito similar ao que está ocorrendo na Lagoa de Carapebus, da qual ocorreu a mortandade de peixes. Esse é o tratamento que a Cesan tem dado as nossas comunidades. A Cesan tem conhecimento desse sistema defeituoso, de uma bomba que não funciona. A empresa não tem controle e nem faz manutenção”, denunciou.
A reportagem está em contato com a Cesan/Ambiental Serra. Assim que a demanda for respondida, essa matéria será atualizada.