Por Renato Ribeiro
Considerado um dos mais importantes símbolos do Estado e com uma média de 900 visitantes por mês, o Mestre Álvaro, na Serra, sofre com a falta de estrutura e segurança em suas principais trilhas de acesso.
O crescente número de assaltos e a falta de sinalização das trilhas tem afastado cada vez mais a presença de grupos que praticam trilha ecológica e turistas que visitam o local.
Só no mês de agosto foram três ocorrências de roubo, o que tem se tornado cada vez mais comum diante da falta de policiamento na região. Além da insegurança, os guias reclamam da falta de sinalização, acessibilidade das trilhas e da falta de um ponto de apoio para informações e suporte para prática de ecoturismo.
Segundo o ativista Vanderson Neves Ferreira, esses problemas são antigos. “Após a ocorrência de assaltos, dois grupos dos quais eu seria guia, desmarcaram a subida ao Mestre Álvaro. Um deles inclusive era composto de turistas estrangeiros que queriam conhecer as belezas da região. É triste ver um lugar tão bonito e com tanto potencial turístico passar por essa situação”, completou.
Para o coordenador do grupo Espirito Santo Radical, Alcino Garajau, a falta de sinalização e de um ponto de apoio aos trilheiros, também contribuem para o afastamento de visitantes. “As poucas placas de identificação que existiam estão caídas pelo caminho. Não há um ponto para orientação e atendimento aos turistas. Isso dificulta a subida e trazem riscos para os grupos que não têm experiência, além de causar impactos ambientais diante da falta de orientação”.
Segundo o coordenador do Grupo de Proteção Ambiental Mestre Álvaro (Gpama) Rodrigo Roger, foi formado um grupo composto de guias e ativistas denominado Amigos do Mestre Álvaro, que têm realizado reuniões com a Secretaria de Meio Ambiente da Serra (Semma), em busca de soluções para os problemas. “Vários projetos estão sendo desenvolvidos junto a Semma. Temos tido ótimas reuniões”, disse Roger.
Sede da APA
De acordo com a secretária de Meio de Ambiente Andreia Carvalho, a prefeitura mapeou os pontos mais críticos de incidência de assaltos e encaminhou essas informações para o 6º Batalhão da Polícia Militar solicitando apoio.
Andreia disse ainda que será realizada a identificação das trilhas, garantindo acessibilidade à região e até o final primeiro semestre de 2016 está prevista a criação da sede da Área de Preservação Ambiental (Apa).
Estão previstas ainda a criação da brigada de incêndio e criação da base de apoio, que dependem da desapropriação de uma área para construção.