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“Falta olhar para o próximo, falta empatia, falta capacidade de perdoar”

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A paróquia São Paulo Apóstolo em Porto Canoa foi a primeira do Padre Anderson Gomes. Foto: Divulgação

Com a carreira sacerdotal iniciada na Serra, Padre Anderson Gomes é referência entre católicos da Grande Vitória. Suas missas transmitidas pela internet, seu trabalho como músico e comunicador atraem a atenção de milhares de fiéis. Neste domingo (07) Padre Anderson apresentará o show Paixão de Cristo (saiba mais) em Vila Velha, onde é pároco da Paróquia Nossa Senhora do Pepétuo Socorro. Por email, Tempo Novo conversou com o sacerdote acerca do show e temas da atualidade, dentre eles o aumento da intolerância, avanço da pobreza, destruição do meio ambiente, Campanha da Fraternidade e a autocrítica da Igreja Católica aprofundada no pontificado do Papa Francisco. 

Quem for pode esperar o que do show deste domingo(07)?

Será uma noite emocionante! Vamos fazer memória dos últimos dias da vida de Cristo por meio de canções, luzes e cores. É um espetáculo pensado para as famílias, com o objetivo de promover uma reflexão. Mesmo quem já assistiu em anos anteriores vai se surpreender.

Na Serra há também muitos admiradores do trabalho do senhor. Qual a sua relação com a cidade?

Na verdade quem mora na Grande Vitória é impossível
Não se relacionar com os municípios quem compõe a metrópole.
Na minha vida religiosa de formação a minha primeira Paroquia foi na serra: Paroquia São Paulo apóstolo em Porto Canoa. Foi nos anos de 98 e 99. Toda aquela região de Serra Dourada 1,2,3 e redondezas rodei bastante. Foi muito importante na minha formação. Além da serra ter ótimas praias e restaurantes de orla ou rurais que curto muito

Além da frente musical, o senhor também tem trabalho marcante como comunicador. Como surgiu esse caminho e por que o abraçou?

A comunicação dentro da Igreja tem se desenvolvido muito, especialmente a partir do pontificado do Papa Francisco, que nos pediu para ficarmos atentos aos meios de comunicação e o usássemos da melhor forma para evangelizar. Eu sempre gostei dessa área, acabei fazendo cursos e tenho muita afinidade com isso, até pela relação próxima que há com a música. Essa facilidade de comunicação e a vontade de usar os meios disponíveis para evangelizar me levaram a seguir por esse caminho também.

O senhor lidera o movimento Mães que Oram por Seus Filhos? Como é esse trabalho?

Quando o movimento começou a ser montado aqui no ES e foi ganhando força, nosso então arcebispo, Dom Luiz, me pediu que eu assumisse a direção espiritual do movimento, de modo a ajudar que ele não perdesse seu objetivo principal que era a oração. Eu participo de alguns encontros do movimento, conduzindo as pregações e reflexões, e estou em contato constante com a Ângela Abdo fornecendo o suporte necessário.

A polarização da sociedade e o ódio ao diferente estão em alta. Como lideranças religiosas podem ajudar a reduzir essa tensão e construir uma cultura de paz?

Cristo sempre pregou o amor e a paz. O papel de todos os cristãos, não apenas das lideranças religiosas, é buscar viver os ensinamentos de Jesus nos dias de hoje, trazer para a nossa realidade e dia a dia o que Ele pregava. As pessoas estão cada vez mais intolerantes, egoístas e imediatistas. Falta olhar para o próximo, falta empatia, falta capacidade de perdoar. Esse comportamento é antagônico ao ser cristão. Precisamos buscar sempre ser a imagem e semelhança de Deus, pois foi assim que Ele nos criou.

A Campanha da Fraternidade pede mais atenção às políticas públicas voltadas à promoção humana, especialmente às minorias e aos mais pobres. A CNBB acertou ao escolher esse tema no atual momento político do país?

As escolhas da CNBB para os temas da Campanha da Fraternidade são sempre muito assertivas e feitas com base na realidade do país. Após toda a crise econômica por que o Brasil passou, as desigualdades sociais só cresceram na nossa sociedade. Soma-se a isso o comportamento que comentamos anteriormente sobre a falta de empatia. Por isso, promover uma reflexão acerca desse tema se faz extremamente oportuno e necessário.

O senhor é do Vale do Aço e está na Grande Vitória há mais de 30 anos. Qual papel do cristão diante dos problemas com ambientais e sociais gerados pelo setor mínero siderúrgico, como o pó preto e as barragens?

A Campanha da Fraternidade de 2016 já nos alertava sobre o cuidado que devemos ter com a Casa Comum. Mais que uma atitude cidadã, o zelo pelo meio ambiente é um dever cristão para com a criação do Pai. E começa pelas ações mais simples, como não jogar lixo na rua, aprender a separar o lixo. Como cobrar atitudes ambientalmente responsáveis das empresas se não fizermos a nossa parte a partir das pequenas coisas?

O que a Renovação Carismática Católica pode aprender setores progressistas da Igreja (como a Teologia da Liberação) e vice-versa?

Na verdade não somos uma ilha e ninguém não tem nada que aprender com o outro. As ações dentro da igreja se complementam e não são concorrentes. O que um oferece complementa o outro. Assim, todos aprendem com todos. É como um corpo: qual a parte mais importante do corpo? Tudo tem sua importância.

O pontificado do Papa Francisco tem sido marcado por autocrítica da Igreja (como assédio e pedofilia nas fileiras da instituição) e uma agenda humanista, ecumenista e contra a proliferação de armas. O senhor concorda?

O Papa Francisco tem nos dado importantes lições desde o início de seu pontificado. E não apenas com palavras, mas principalmente pelo exemplo, com ações concretas. A Igreja tem avançado muito com a condução dele, que está promovendo uma verdadeira aproximação com os cristãos e com a sociedade de forma geral. Isso é muito importante.

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